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Época: Planalto usa dinheiro público pra monitorar políticos e jornalistas

Fabio Wajngarten recebia relatórios na Secom - André Coelho/Folhapress
Fabio Wajngarten recebia relatórios na Secom Imagem: André Coelho/Folhapress

Colaboração para o UOL

20/11/2020 09h13

O Palácio do Planalto usou dinheiro público para monitorar redes sociais de parlamentares e jornalistas, de acordo com informações da revista Época. O objetivo seria municiar órgãos do governo com informações sobre os comportamentos digitais de políticos e da imprensa.

A revista obteve relatórios encomendados pela Segov (Secretaria de Governo) e pela Secom (Secretaria de Comunicação), de fevereiro a abril de 2020. Esses documentos teriam sido classificados como sigilosos, mas não está claro qual era o objetivo disso. A revista entrou em contato com a Secom, que se recusou a explicar.

Os relatórios chamavam atenção para postagens de assuntos diversos, segundo a revista. Tem destaques críticas de Alexandre Frota (PSDB) e Paulo Pimenta (PT) ao governo, assim como manifestações mais simples, como uma publicação em que o deputado José Guimarães (PT) comemora um gol do Fortaleza.

A revista publicou que os relatório apresentam análises das publicações. Comentários são classificados como positivos ou negativos, vindos da posição ou de apoiadores do governo. O relatório chama atenção, por exemplo, elogios dos senadores Jorge Kajuru (Cidadania) e Kátia Abreu (Progressistas) ao governo.

O monitoramento também teria análises sobre os perfis de jornalistas. Segundo a revista, há uma comparação do alcance virtual de colunistas com o Twitter de Jair Bolsonaro.