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STF sofre falha no sistema de videoconferência e suspende sessão de turmas

Ricardo Moraes/Reuters
Imagem: Ricardo Moraes/Reuters

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

01/12/2020 16h21Atualizada em 01/12/2020 16h32

O STF (Supremo Tribunal Federal) encerrou mais cedo hoje as sessões de julgamento da Primeira e da Segunda Turma do tribunal por causa de falhas no sistema de videoconferência do tribunal.

Em nota, o STF informou tratar-se de um problema na operadora que fornece os serviços de acesso à internet ao tribunal: "A STI (Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação) informa que se trata de um problema técnico de uma das operadoras que fornece o serviço de internet para o STF", diz o texto do comunicado.

A assessoria de comunicação do STF informou que não foi identificada nenhuma tentativa de ataque cibernético ao tribunal relacionado ao episódio de hoje.

As sessões, que têm início por volta das 14h e costumam durar até o fim da tarde, hoje foram encerradas pouco depois das 15h, após sucessivas falhas na transmissão dos julgamentos por videoconferência.

Desde o início da pandemia o STF trocou as sessões presenciais, na sede do tribunal, por julgamentos em videoconferência.

A falha na internet do Supremo, principal tribunal do país, ocorre após uma série de ataques cibernéticos a órgãos do Judiciário.

No começo de novembro, um ataque hacker retirou do ar os sistemas do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e suspendeu as sessões do tribunal.

O TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) também sofreu um ataque hacker, cujos supostos autores dizem ter obtido acesso a arquivos em mais de 40 bases de dados do tribunal.

No primeiro turno das eleições, em 15 de novembro, hackers divulgaram dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) obtidos numa invasão aos sistemas do tribunal.

O TSE também foi alvo de um segundo ataque no primeiro turno que tentou tirar do ar os serviços on line do tribunal, investida que foi neutralizada, segundo o TSE.

As ameaças cibernéticas levaram o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, a criar o Comitê de Segurança Cibernética do Poder Judiciário, órgão ligado ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Como presidente do STF, Fux também dirige o CNJ.