PT no Senado decide apoiar Rodrigo Pacheco à Presidência da Casa
A bancada do PT no Senado decidiu hoje apoiar a candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) à Presidência da Casa.
Pacheco lidera a bancada do DEM e é candidato do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ele também é tido como o candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Agora, Pacheco conta com o apoio oficial do DEM, PSD, Republicanos, Pros e PT na disputa. Somados, os partidos contam com 28 senadores. A eleição interna está prevista para a primeira semana de fevereiro.
O Republicanos é a sigla do senador Flávio Bolsonaro (RJ), filho do presidente da República.
Como o voto é secreto, isso possibilita mudanças de opinião na hora da votação por parte dos parlamentares. No entanto, ao contrário de como acontece na Câmara, os senadores de um mesmo partido costumam votar unidos no candidato escolhido pela bancada.
Na semana passada, o PT sinalizou que apoiaria Pacheco. A decisão foi ratificada hoje em reunião da bancada dos senadores petistas por unanimidade, segundo o partido.
Aos moldes de como ocorreu no apoio da bancada de deputados federais do PT ao candidato à Presidência da Câmara Baleia Rossi (MDB-SP), os senadores petistas pediram a Pacheco alguns compromissos, caso seja eleito. Entre eles, a independência do Legislativo perante o Executivo e a defesa da Constituição e das liberdades individuais.
Costa defendeu que Pacheco não tem compromisso com as pautas de interesse de Bolsonaro nem irá pautar eventuais matérias de cunho autoritário do governo. "Esse foi um dos pontos principais que nos levou a prestar esse apoio", disse.
Dono da maior bancada no Senado - 13 senadores -, o MDB deverá lançar um candidato próprio à Presidência do Senado, mas esse nome ainda não foi definido.
Entre os cotados estão o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (TO), o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (PE), o líder do partido no Senado, Eduardo Braga (AM) e a presidente da Comissão de Constituição e Justiça na Casa, Simone Tebet (MS). Atualmente, articulações apontam que a disputa intrapartidária está mais centrada entre Braga e Tebet.
O PT decidiu não esperar uma definição do MDB, porque não queria apoiar Gomes ou Bezerra Coelho - vistos como excessivamente governistas e que perderam força nos últimos dias - nem apoiar Tebet.
A argumentação é que ela está muito vinculada ao grupo 'Muda, Senado', que tem como pautas a defesa da Operação Lava Jato e da possibilidade de prisão após condenação em 2ª instância, embora não integre o movimento. Uma opção seria apoiar Braga, mas senadores do PT não têm certeza se ele será o escolhido do MDB.
Além disso, o nome de Pacheco hoje é visto com força e sua campanha está bem encaminhada nos bastidores.
Alcolumbre também é próximo do líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE). Pelo apoio, o PT deverá assegurar o comando de algumas comissões no Senado, caso Pacheco seja eleito.
O grupo 'Muda, Senado' chegou a anunciar que lançaria um candidato próprio no início de dezembro para enfrentar o candidato de Alcolumbre. O nome do postulante, porém, ainda não foi definido.
Dos integrantes do 'Muda', Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Major Olímpio (PSL-SP) confirmaram a pré-candidatura. Outros quatro senadores também foram cogitados - Alvaro Dias (Podemos-PR), Lasier Martins (Podemos-RS), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Mara Gabrilli (PSDB-SP).
No entanto, há a possibilidade de integrantes do grupo apoiarem Simone Tebet, se ela confirmar a candidatura. Com isso, um nome lançado pelo 'Muda' fica enfraquecido ou pode até mesmo não acontecer.
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