Apoio à vacinação rápida contra a covid-19 'une' adversários no Congresso
Os candidatos às presidências da Câmara e do Senado costumam trocar farpas entre si, mas um assunto tem "unido" os principais adversários ao longo dos discursos de campanha em busca do maior número de votos possível: o apoio a uma vacinação rápida da população brasileira contra a covid-19.
Três dos principais candidatos ao comando do Congresso fizeram posts em redes sociais defendendo a ampla imunização.
Mirando o comando da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) tem por trás de sua campanha o suporte do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Mesmo com as declarações do presidente desacreditando a CoronaVac —vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista de João Doria (PSDB-SP)—, Lira cobrou do governo federal uma data de início da vacinação e disse que iria fazer pressão "para um grande entendimento entre Anvisa, governo federal, estados e municípios para acelerar a imunização".
Segundo Lira, o novo comando do Congresso Nacional deve focar na discussão sobre a logística da vacinação, passar tranquilidade para a população e ajudar a economia.
Ele afirmou, entretanto, que a pandemia não pode ser motivo de embates políticos e se mostrou resistente a criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a conduta do governo federal ao longo da pandemia.
Candidato na Câmara que se vendeu como anti-Bolsonaro, Baleia Rossi (MDB-SP) defendeu que as vacinas contra a covid-19 têm que ser disponibilizadas o mais rapidamente possível de maneira universal e gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
O tema da vacinação a todos integrou parte de carta de partidos de oposição com compromissos que Baleia deve assumir para contar com o apoio do grupo na eleição.
Nas últimas semanas, ele defendeu que os parlamentares fossem convocados durante o recesso para tratar de propostas relacionadas à pandemia. Sem suporte da maioria, a ideia não vingou. Para ele, a Câmara deve "cobrar" do governo federal o "envio de uma proposta social até que tenhamos a vacinação em massa".
Nas falas, Baleia criticou negacionistas e elogiou a primeira brasileira vacinada no Brasil —uma enfermeira negra da linha de frente no combate à pandemia em hospital de São Paulo—, cientistas e profissionais da saúde. Ele ainda defende que os educadores sejam incluídos na lista de prioridades para que estudantes possam retornar às escolas com mais segurança.
Em busca de ser a primeira mulher presidente do Senado, a candidata Simone Tebet (MDB-MS) considera que a imunização da população é "prioridade absoluta".
A seu ver, o governo ainda não mostrou um cronograma claro de vacinação e o clima no país está mais voltado à doença, não à vacina. Entre os compromissos que assumiu, está "viabilizar, dentro das atribuições do Senado Federal, o Plano Nacional de Imunização".
Simone também é crítica da politização do assunto. "A crise é maior que nossas diferenças" e "é hora de união", escreveu nas redes sociais. Ela manifestou "gratidão eterna" aos profissionais da saúde e cientistas brasileiros.
O candidato favorito a vencer a disputa pela Presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), é exceção entre os principais parlamentares que buscam o comando no Congresso, pois não costuma dar declarações públicas sobre a vacinação. Ele tem por trás de sua candidatura o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e a preferência de Jair Bolsonaro.
Embora tenha lamentado a morte de políticos aliados pela covid-19, a publicação mais específica em defesa do combate à pandemia foi comemorando a aprovação de vacinas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
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