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Gleisi: Mourão não resolverá crise, mas tem um pouco de institucionalidade

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/02/2021 15h00

Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, considera o vice-presidente Hamilton Mourão mais apto para dirigir o país em meio à pandemia de covid-19 do que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A declaração surgiu no episódio #71 do Baixo Clero (assista acima ao episódio completo).

"Ele [Bolsonaro] é o foco da crise. Não estou dizendo que o Mourão irá resolver, mas, pelas posturas que eu vi, pelo menos mantém um pouco mais da institucionalidade", afirma. (em 16min26 no vídeo acima)

A deputada federal elenca como principal motivo o combate à pandemia do novo coronavírus, com mais de 228 mil mortos e 9,3 milhões de contaminados. No entanto, não o único.

Para a gente resolver a crise, temos que tirar o foco, é ele [Bolsonaro].
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT

"Estamos com problemas na economia, milhões estão desempregados", diz. "Está crescendo muito o descontentamento com o governo. Setores próximos, que participaram da eleição, começam a se posicionar também com apoio ao impeachment." (em 15min50 no vídeo acima)

Hoffmann sustenta que não é possível tornar o impeachment uma arma política para comandar o país e "não resolve o problema". Cita que a ação que destituiu Dilma Rousseff em 2016 aconteceu no "tapetão". (em 18min51 no vídeo acima)

Contudo, destaca que o PT está ligado a quatro pedidos feitos para aberturas de processos contra Bolsonaro. "O primeiro foi em meados de 2019, quando Bolsonaro começou a atentar contra a democracia, contra as instituições, falou contra o Congresso, o Supremo. Teve as manifestações que ele subiu muito o tom. Entramos com mais dois e, agora, o último com base na saúde pública e saúde das pessoas", detalha. (em 17min31 no vídeo acima)

Usaram o impeachment da Dilma para tirá-la do tapetão, o crime que alegaram nunca existiu.
Gleisi Hoffmann, deputada federal pelo PT

A vitória de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara dos Deputados freia os ânimos da oposição, mas não bloqueia totalmente o risco de o processo prosperar, como avalia a deputada.

"Vai depender do crescimento da opinião pública [pelo afastamento] para que o Congresso tenha sensibilidade social. Acredito que podemos, sim, lutar e podemos conseguir isso [impeachment]", afirma. (em 11min55 no vídeo acima)

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