Bolsonaro diz que Onyx assumirá Secretaria-Geral e nega reforma ministerial
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na tarde de hoje que Onyx Lorenzoni assumirá a Secretaria-Geral da Presidência, mas negou que realizará uma reforma ministerial.
"Eu tenho um ministério vago, que é a Secretaria-Geral, que a previsão é trazer o Onyx para cá e colocar outra pessoa para a Cidadania. É isso que está previsto agora. Ele [Onyx Lorenzoni] vai para a Secretaria-Geral", disse ele, ao ser questionado pelo apresentador José Luiz Datena, durante entrevista ao "Brasil Urgente", da TV Bandeirantes. A informação havia sido noticiada hoje pela colunista do UOL, Carla Araújo.
"Vamos arredondar números? O que o pessoal diz: partidos de centro são mais ou menos 300, a esquerda são mais ou menos 100, independentes são mais ou menos 100... Eu tenho que conversar com o centrão ou não tenho? Não dei nenhum ministério para eles. Tão dizendo agora que eu vou dar um banco pro Centro. Não tem nada disso", completou o presidente.
A oficialização de Onyx na Secretaria-Geral, segundo fontes do governo, deve acontecer após o Carnaval. Antes disso, o ainda ministro da Cidadania está em tratativas finais sobre o Bolsa Família e o auxílio emergencial e gostaria de poder fazer um anúncio para deixar uma espécie de "legado" em sua passagem pela pasta.
A decisão de trazer Onyx de volta ao Planalto vem na esteira das negociações com o centrão, no contexto da eleição da Câmara e do Senado.
Com a cobiça por cargos de visibilidade, o ministério da Cidadania será entregue ao Republicanos, do deputado Marcos Pereira. Caberá a ele, presidente da legenda, indicar o nome do substituto de Onyx, conforme noticiou hoje Carla Araújo no UOL.
Os três cotados para assumir o Ministério da Cidadania são os deputados do Republicanos João Roma (BA), Márcio Marinho (BA) e Jhonatan de Jesus (RR).
Aliado de primeira hora do presidente, o ministro Onyx perdeu o posto principal do Palácio do Planalto para o general Braga Netto há exatamente um ano. Agora, passará a ser o único civil no quarto andar do Palácio do Planalto, dividido com Braga Netto, e os também generais Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)
Bolsonaro nega reforma ministerial
Ainda durante a entrevista, o presidente Bolsonaro classificou a sua relação com deputados do centrão como "harmônica", mas negou que irá dar cargos ao bloco em seu governo em troca de apoio no Congresso.
"Todo dia eu vejo na mídia notícias de que o centrão vai querer [cargos] nos ministérios. Não existe [negociação para a reforma ministerial]. Hoje, o meu relacionamento com os deputados do centrão é harmônico", declarou ele. "O parlamento sabe que eles têm responsabilidade, sabe como está o Brasil", acrescentou.
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