Fachin diz que é "intolerável e inaceitável pressão sobre o Judiciário"
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin afirmou nesta segunda-feira (15) que é "intolerável e inaceitável qualquer forma ou modo de pressão injurídica sobre o Poder Judiciário". A declaração foi dada depois da revelação de que ministros do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) atuaram em conjunto para escrever nota do general do Exército Eduardo Villas Boas sobre a atuação do Supremo num julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em abril de 2018, o órgão julgaria um habeas corpus do petista. Fachin era o relator do caso. "Diante de afirmações publicadas e atribuídas à autoridade militar e na condição de relator no STF do HC 152752, anoto ser intolerável e inaceitável qualquer forma ou modo de pressão injurídica sobre o Poder Judiciário", disse o ministro hoje.
A declaração de tal intuito, se confirmado, é gravíssima e atenta contra a ordem constitucional. E ao Supremo Tribunal Federal compete a guarda da Constituição"
Edson Fachin, ministro do STF
À época, Villas Boas publicou duas notas em rede social em que falava do "repúdio à impunidade". O texto foi articulado por "integrantes do Alto Comando" da caserna, segundo narrou no livro "General Villas Bôas: conversa com o comandante", de Celso de Castro.
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