Após críticas de Bolsonaro, Lira chama governadores para discutir pandemia
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), convidou hoje governadores a participarem do debate no Congresso Nacional para a formulação do Orçamento geral da União de 2021. Ele também afirmou que quer ouvir os chefes estaduais do Executivo para debater soluções para a crise econômica decorrente da pandemia de covid-19.
O convite de Lira para o diálogo vem um dia após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticar governadores que adotaram medidas mais restritivas para tentar frear o número de novos casos de coronavírus.
Em uma série de mensagens publicadas na manhã de hoje no Twitter, Lira afirmou que pretende fazer na próxima semana uma teleconferência com governadores, a presidente da CMO (Comissão Mista do Orçamento), deputada Flávia Arruda (PL-DF), e o relator do tema, senador Marcio Bittar (MDB-AC), para ouvir como o Orçamento pode ajudar no combate à pandemia.
"Com o recrudescimento e nova onda da pandemia, quero chamar todos os governadores para contribuírem com sugestões na formulação do orçamento geral da União", escreveu o presidente da Câmara, que foi eleito para o cargo com apoio direto de Bolsonaro.
Lira disse que quer ouvir governadores sobre sugestões para tramitarem em caráter de urgência e que possam ser adotadas com o objetivo de enfrentar os efeitos da covid-19, desde que seja respeitado o teto de gastos —regra que limita o aumento de gastos do governo à variação da inflação no ano anterior.
Neste momento em que inúmeros governadores estão tendo que tomar a difícil decisão do lockdown, é hora de contribuir, buscando novas alternativas e novas vias legais para, juntos, mitigarmos essa crise.
Arthur Lira, presidente da Câmara
Bolsonaro critica governadores
Ontem, durante participação em uma solenidade no Ceará, Bolsonaro afirmou que governadores que tomarem medidas de restrições de atividades deverão bancar o auxílio emergencial, benefício que deve ser recriado pelo governo federal para ajudar trabalhadores informais afetados pela crise da covid-19.
"O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e, daqui para frente, o governador que fechar o seu estado, que destrói o seu estado, ele que deve bancar o auxílio emergencial", ameaçou o presidente.
Ao menos 12 estados e o distrito Federal endureceram regras e limitaram o funcionamento do comércio e a circulação de pessoas para tentar evitar um colapso no sistema de saúde.
Nesta semana, o Brasil ultrapassou a marca de 250 mil mortos pelo novo coronavírus, segundo maior número do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
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