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Mourão diz que decisão a favor de Lula foi "chicana jurídica"

Arquivo - Mourão avalia que ainda é cedo para se traçar cenários de que Lula e Bolsonaro vão se enfrentar nas urnas em 2022 - Ueslei Marcelino/Reuters
Arquivo - Mourão avalia que ainda é cedo para se traçar cenários de que Lula e Bolsonaro vão se enfrentar nas urnas em 2022 Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

09/03/2021 09h59

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou hoje (9) que houve "chicana jurídica" na anulação de sentenças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ontem, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin anulou sentenças como as do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia. Com isso, Lula deixou de ser considerado ficha-suja e pode ser candidato nas eleições de 2022.

"Independente [sic] da chicana jurídica que seja feita, anula processo, anula provas... a realidade é a seguinte: contra fatos, não há argumentos", disse Mourão a jornalistas, hoje. "É isso que a gente vai aguardar que aconteça no futuro."

Segundo Mourão, ainda é cedo para se traçar cenários de que Lula e Bolsonaro vão se enfrentar nas urnas em 2022. "Tem muita espuma nesse chope ainda. Tem que ser decantada. Tem muita gente fazendo análise prospectiva por mera extrapolação de tendência. Não se faz análise prospectiva assim. Tem muita coisa para rolar."

Mourão afirmou aos repórteres que "a imensa do povo brasileiro é de homens e mulheres de bem" e que os homens públicos devem se pautar por princípios de integridade.

"A imensa do povo brasileiro é constituída de homens e mulheres de bem, igual vocês, espremem em ônibus apertados, muitos para vender o almoço para ganhar o jantar, outros com salários não são compatíveis", iniciou.

"Todos, sem exceção, procuram se basear em princípios da ética, da moral, dos bons costumes, respeitam a honestidade, a integridade e a probidade. E os homens públicos têm que se pautar por isso."