Doria sobre eleição presidencial: 'se não precisar disputar, não disputo'
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastou a possibilidade de concorrer à presidência da República nas eleições de 2022. Durante fala na Comissão Temporária da covid-19, no Senado Federal, ele fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas disse que não se trata de um discurso político, podendo abrir mão de disputar ao cargo.
"Eu não faço discurso eleitoral não. Eu não tenho preocupação eleitoral. Já falei que se não precisar disputar eu não disputo", comentou. "Eu quero o bem do meu povo, do meu país, eu quero estar ao lado de brasileiros como vocês e outros que não estão aqui neste momento, mas que querem defender a vida e a paz neste pais", continuou, na mesma linha que um discurso eleitoral.
Na comissão, o governador acusou novamente o atual presidente de ter tomado atitudes "genocidas" no combate ao coronavírus no Brasil, principalmente ao postergar a aplicação da vacina produzida pelo Instituto Butantan, no ano passado.
"Já tínhamos aqui a vacina, podíamos ter iniciado a vacinação em novembro do ano passado, teríamos salvo 40% da população. Mas o negacionismo do presidente Jair Bolsonaro impediu", alegou. "Jair Bolsonaro vai ser condenado por tribunas internacionais, o que ele está promovendo no Brasil é genocídio nós estamos matando os brasileiros, é inacreditável isso", seguiu, ao proferir que pode abrir mão da candidatura à presidência no ano que vem.
Essa não é a primeira vez que Doria afasta a chance de concorrer ao Planalto em 2022. No fim de semana, em entrevista ao Estadão, ele admitiu a possibilidade de tentar a reeleição no governo de São Paulo.
Em novembro do ano passado, porém, Doria havia descartado as intenções de seguir por mais quatro anos no Palácio dos Bandeirantes. Porém, com as iniciativas contra a covid-19 à frente do estado e com a chegada e distribuição das vacinas, o discurso tem mudado de tom nas últimas semanas, se afastando cada vez mais do Planalto.
O discurso feito por Doria foi "comprado" pelos senadores presentes na comissão. Opositor de Bolsonaro, o parlamentar Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou sua fala para homenagear as iniciativas do governador.
"Queria fazer uma homenagem ao governador João Doria. Ele não somente lutou pela vacina, ele foi afrontado e agredido por querer a vacina. Quando o governo federal estava negando vacina, o governador fez um consórcio com a inciativa privada para produção de vacina pelo Instituto Butantan", comentou.
Na oportunidade, Doria sugeriu que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, seja "convocado" e não "convidado" para dar explicações sobre a situação da pandemia no país e iniciativas do governo federal.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.