Ainda vivemos numa democracia, diz Felipe Neto sobre investigação suspensa
Felipe Neto valorizou os direitos da democracia ao comentar a liminar obtida hoje na Justiça e que suspendeu uma investigação contra ele por ter se referido ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como "genocida". O inquérito foi aberto pela Polícia Civil do Rio de Janeiro após o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, protocolar uma notícia-crime contra o youtuber.
Por conta da investigação aberta pela DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática), a Polícia Civil fluminense pretendia ouvir Felipe Neto hoje. Na última segunda-feira (15), o youtuber foi intimado a depor no inquérito que apurava a prática de crime contra a segurança nacional.
O influenciador digital se manifestou por meio de nota divulgada pela sua assessoria de comunicação.
Eu sempre confiei nas instituições e essa decisão só confirma que ainda vivemos em uma democracia, em que um governante não pode, de forma totalmente ilegal, usar a polícia para coagir quem o crítica.
Felipe Neto, youtuber e influenciador digital
Na decisão judicial de hoje, à qual o UOL teve acesso, foram aceitos os argumentos apresentados pela defesa de Felipe Neto, de que a DRCI não possui atribuição legal para investigar o crime apontado. A Justiça entendeu que a Polícia Federal teria que assumir a investigação por se tratar de "suposto delito de natureza política".
Além disso, a juíza Gisele Guida de Faria entendeu que houve "flagrante ilegalidade" na atitude de Carlos Bolsonaro, já que ele "não integra o Ministério Público, não é militar responsável pela segurança interna, nem é Ministro da Justiça".
Em vídeo gravado sobre o caso (assista abaixo), Felipe Neto defendeu o uso do termo "genocida" pelas atitudes que Bolsonaro vem tendo durante a pandemia de covid-19, e disse que a intimação que recebeu para depor tinha como objetivo propagar o medo.
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