"Nada mudou na minha relação com família Bolsonaro", diz Wassef a revista
O advogado Frederick Wassef, que representa o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), afirmou em entrevista à revista Época que não deixou de ser advogado do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e que "define todos os passos e estratégias" de sua defesa no caso Queiroz. Além disso, Wassef fez questão de dizer que nada mudou em sua relação com a família.
Em nota enviada ao UOL, Wassef nega que tenha dado entrevista à Época. O advogado ainda abriu um Boletim de Ocorrência contra o colunista Guilherme Amado dizendo ter sido vítima de ataques à sua imagem e reputação.
Flávio Bolsonaro é suspeito de envolvimento no suposto esquema de "rachadinhas" que teria funcionado no gabinete do político na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Wassef é dono de imóvel em Atibaia (SP), onde foi preso Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente, também investigado no suposto esquema.
"Sou o advogado de Flávio e nunca deixei de ser. Saí temporariamente apenas do PIC (procedimento de investigação criminal) do Rio. Cuido de outras ações dele que tramitam no Rio e em Brasília, inclusive com procuração", disse ele para Época.
"Sou eu quem cuida de Brasília. Sou eu quem define todos os passos e estratégias. Sou eu quem está advogando para o Jair Renan Bolsonaro e família desde 2014. Sou eu quem faz reuniões diárias com Flávio para tratar dos temas jurídicos, estratégicos, comunicação e próximos passos. Nada mudou na minha relação com a família. Toda a imprensa sabe que sou advogado do Flavio e família e me tratam como tal. Sou eu quem estava no julgamento do STJ nos HCs de minha autoria", acrescentou, em seguida.
Questionado pela publicação sobre os números desses processos, Wassef reagiu. "Quem é você para me pedir número de processo em que atuo para ter que provar que sou advogado do Flávio?".
Durante a entrevista, Wassef também atacou Luciana Pires, advogada constituída nos autos para representar o filho de Bolsonaro.
"Ela quer mostrar ao Rio uma coisa que não é verdade, que ela é a poderosa advogada de Flávio. Ela é uma recém-chegada que não sabe da missa um terço e só se preocupa em fazer propaganda e marketing dela, e tem necessidade de aparecer. Tadinha. É carente de infância e deslumbrada da periferia".
Em nota enviada ao UOL após a publicação desta matéria, Wassef negou que tenha concedido entrevista à Época.
"Não dei nenhuma entrevista e nem enviei nota a Guilherme Amado da Revista Época onde matérias falsas e Fake News foram publicadas apenas para atingir minha imagem e reputação. Já estou tomando as medidas legais", afirmou.
Afastamento ocorreu em junho
Em junho do ano passado, o próprio senador Flávio Bolsonaro havia divulgado nas redes sociais que Frederick Wassef não lhe representava mais no caso.
"A lealdade e a competência do advogado Frederick Wassef são ímpares e insubstituíveis. Contudo, por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado", escreveu Flávio, na ocasião.
O anúncio ocorreu três dias após Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, ter sido preso em um imóvel de Wassef, em Atibaia (SP).
Segundo a polícia, Queiroz estava hospedado na casa do advogado há mais de um ano. O criminalista nega que tenha abrigado Queiroz, negou ter tido qualquer contato com ele, mas não explica como o ex-assessor de Flávio chegou até a casa.
Segundo a TV Globo, na época, o advogado foi afastado da defesa de Flávio por determinação da família Bolsonaro. Em sua rede social, o senador ressaltou, entretanto, que a decisão teria sido tomada pelo próprio Wassef.
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