MPF arquiva inquérito sobre charge que associa Bolsonaro ao nazismo
O MPF (Ministério Público Federal) arquivou um inquérito policial instaurado contra o jornalista Ricardo Noblat e o chargista Renato Aroeira por divulgação de uma charge que associa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao nazismo. Aroeira é o autor da charge, e Noblat a compartilhou em uma rede social.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, pediu em junho do ano passado que a PF (Polícia Federal) e a PGR (Procuradoria-Geral da República) abrissem um inquérito para investigar a charge. Na ocasião, ele disse que o pedido levava em conta a lei que trata dos crimes contra a segurança nacional e a ordem política e social.
A charge foi feita na época em que o presidente pediu aos seus apoiadores que filmassem o interior de hospitais públicos e de campanha para averiguar se os leitos de emergência estão livres ou ocupados. Ele fez o pedido após colocar em dúvida o número total de mortes por coronavírus no Brasil.
"De todo o exposto, não entendendo presente o dolo dos investigados em atentar contra a honra do Senhor Presidente da República, limitando-se a expor suas críticas, por meio de charge, à forma como conduzida as políticas de enfrentamento à propagação do vírus, em especial, induzindo as pessoas a duvidar das informações de lotação das UTIs nos hospitais, o arquivamento é medida que se impõe", concluiu a procuradora da República Marina Selos Ferreira em sua manifestação, assinada no dia 17 de março.
Em sua conta no Twitter, Noblat comentou a decisão: "O Ministério Público acatou a tese do ex-deputado Miro Teixeira, meu advogado e também de Aroeira, e arquivou o inquérito contra nós aberto a pedido do ministro da Justiça com base na Lei de Segurança Social. Aroeira fez uma charge que desagradou Bolsonaro. Eu a reproduzi aqui", escreveu.
Também no Twitter, Aroeira apenas postou apenas um link que direciona para a notícia do arquivamento.
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