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Grupo estende faixa escrito 'genocida' em condomínio de Bolsonaro no Rio

22.mar.2021 - Faixa em protesto a Jair Bolsonaro na frente do condomínio Vivendas da Barra - Reprodução
22.mar.2021 - Faixa em protesto a Jair Bolsonaro na frente do condomínio Vivendas da Barra Imagem: Reprodução

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio

22/03/2021 19h45

Um grupo de manifestantes foi na tarde de hoje ao Condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem casa para realizar um protesto.

Quem passou pela avenida Lúcio Costa, uma das principais da região, pôde ver uma faixa com os dizeres "genocida mora aqui". De acordo com o grupo, pouco tempo depois do início do ato, apoiadores de Jair Bolsonaro apareceram e tentaram intimidar os manifestantes com insultos verbais.

"Nós sabemos que desde o início o presidente sabotou o uso de máscara, não quis comprar as vacinas e nós acreditamos que em função dessas atitudes ele seja responsável por boa parte dessas mortes e por isso nós consideramos o governo dele um governo genocida", defendeu um dos manifestantes, que pediu para não ser identificado.

O movimento foi organizado pelo Núcleo do PSOL de Vargem Grande, Vargem Pequena, Recreio e Barra da Tijuca —bairros da zona oeste carioca. O protesto, que começou por volta das 16h, teve duração de cerca de uma hora.

Para os manifestantes, o escrito da faixa teve como objetivo relembrar o caso envolvendo o youtuber Felipe Neto.

Na semana passada, o influenciador digital foi intimado pela Polícia Civil a depor em uma investigação de "crime contra a segurança nacional" após o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), um dos filhos do presidente, abrir notícia-crime contra Felipe Neto. Na ocasião, Felipe Neto postou nas redes sociais que foi intimado após chamar Bolsonaro de genocida.

Três dias depois de ser intimado, uma liminar na Justiça do Rio suspendeu a investigação contra o youtuber. A decisão judicial, que aceitou os argumentos apresentados pela defesa do influenciador digital, entendeu que a DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática) não possui atribuição legal para investigar os supostos crimes.

De acordo com o último balanço do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil já registrou 11.996.442 casos de covid-19. Até o momento, 294.115 pessoas morreram por causa da doença.