Ministro cita defesa de liberdades democráticas ao anunciar Forças Armadas
O novo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, citou hoje a defesa das liberdades democráticas como uma das principais missões das Forças Armadas brasileiras. Braga Netto deu a declaração logo após anunciar os novos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) surpreendeu até os próprios militares nos últimos dias ao trocar o comando do Ministério da Defesa — antes chefiado pelo general Fernando Azevedo e Silva —, indicar Braga Netto — então ministro da Casa Civil — e ordenar trocas no comando das três instituições militares.
"A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira se mantêm fiéis às suas missões constitucionais de defender a Pátria, garantir os Poderes constitucionais e as liberdades democráticas", disse Braga Netto durante a cerimônia realizada na sede do Ministério da Defesa, em Brasília.
O ministro também voltou a lembrar a data que marca o golpe militar brasileiro de 1964. Ontem, o general publicou um texto em que classifica o evento como tendo um papel de "pacificação" do país, e afirmando que ele tinha que ser "compreendido a partir do contexto da época".
"Neste dia histórico, reforço que o maior patrimônio de uma Nação é a garantia da democracia e da liberdade do seu povo", acrescentou Braga Netto hoje, ao anunciar o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira para o comando do Exército, o Almirante Almir Garnier Santos para a Marinha e o Tenente-Brigadeiro do Ar Baptista Júnior como chefe da Aeronáutica.
Rumores de golpe
As trocas no comando das Forças Armadas, que ainda vieram acompanhadas de mudanças em seis pastas do governo federal, levantaram rumores sobre atitudes antidemocráticas que poderiam ser tomadas por Bolsonaro. Isso porque o presidente segue pregando contra o isolamento social, que tem sido adotado por governadores como forma de combate ao pior momento da pandemia de covid-19 no Brasil.
Apesar de Braga Netto ser um entusiasta do golpe militar de 1964, generais ouvidos pelo UOL tentam minimizar qualquer risco de apoio a rompantes golpistas por parte de Bolsonaro.
Com as trocas na Defesa e nas Forças Armadas, o presidente da República conseguiu pelo menos tirar duas pessoas de cargos de comando que não o agradavam quanto ao alinhamento ao seu governo: o agora ex-ministro Azevedo e Silva e o ex-comandante do Exército, Edson Pujol.
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