Presidente da Funarte é exonerado; Frias atribui demissão à reestruturação
O coronel da reserva do Exército Lamartine Barbosa Holanda foi exonerado da presidência da Funarte (Fundação Nacional das Artes). A exoneração de Lamartine foi assinada pelo secretário-executivo da Casa Civil, Sergio José Pereira, e publicada em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) ontem, sem que fosse especificado o motivo.
Esta é a sexta troca no comando da fundação desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em seu perfil no Twitter, o secretário Especial da Cultura, Mario Frias, atribuiu a mudança no comando da Funarte à "necessidade de reestruturação" da fundação. Frias disse que esse é "o primeiro passo para mudanças necessárias em busca da popularização da cultura".
Lamartine estava à frente da Funarte desde setembro do ano passado, quando substituiu Luciano da Silva Barbosa Querido, ex-assessor do vereador e filho do presidente Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Antes dele, passaram pelo cargo:
- Stepan Nercessian: ator nomeado ainda no governo Michel Temer (MDB)
- Miguel Proença: pianista nomeado em fevereiro de 2019
- Dante Mantovani: maestro, que assumiu a entidade pela primeira vez em dezembro de 2019, foi demitido quatro meses depois e reconduzido em maio de 2020
- Luciano Querido: ex-assessor de Carlos Bolsonaro
Criada em 1975, durante a ditadura militar, a Funarte tem a missão de promover e incentivar a produção, a prática, o desenvolvimento e a difusão das artes no país. A entidade é responsável pelas políticas públicas federais de estímulo à atividade produtiva artística brasileiras. Atualmente, a fundação é vinculada ao Ministério do Turismo.
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