Bolsonaro diz que Forças Armadas podem ajudar a vacinar contra covid
Em live realizada neste sábado (3), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que as Forças Armadas "estão à disposição" para "começar a colaborar" com a vacinação da covid-19. "Todos os quartéis do Brasil têm essa condição, da Marinha, do Exército", afirmou o presidente.
A possibilidade de os militares ajudarem não só na distribuição, mas também na aplicação das vacinas foi citada, ainda, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O ministro fez uma coletiva de imprensa no final da manhã deste sábado (3), dizendo que o governo se compromete a vacinar um milhão de pessoas por dia.
"A participação das Forças Armadas já existe no programa de vacinação. É só ampliar", afirmou Queiroga.
Número de vacinados por dia "tende a crescer", afirma Bolsonaro
A live foi realizada na região administrativa de Itapoã, no Distrito Federal, a 15 km de Brasília. O presidente estava acompanhado do general Walter Braga Netto, que é ministro da Defesa. Os dois foram tomar sopa na Associação Beneficente Cristã Casa de Maria - Beth Myriam, que oferece a preparação para pessoas vulneráveis.
Bolsonaro disse, ainda, que o número de vacinados por dia no Brasil "tende a crescer".
"Compramos vacinas no ano passado. Não tinha tantas [vacinas] disponíveis. Por outro lado, no que se oferecia para a gente, o contrato não era possível de ser assinado daquela forma. Sempre falamos: entre o governo federal, o presidente, e a vacina, existe a Anvisa. Não tinha aprovação da Anvisa", afirmou o presidente.
Em 2020, no entanto, Bolsonaro desautorizou publicamente a compra da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, do governo de São Paulo. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é adversário político do presidente.
No final do ano passado, Bolsonaro também criticou a "pressa" na compra da vacina.
Bolsonaro fala contra medidas de isolamento social, eficazes contra a covid
Na live, o presidente também criticou medidas de restrição de circulação adotadas em estados e municípios. "Cada vez há mais desemprego. [Com] a política do fecha tudo, fica em casa, mais gente está comendo menos. Alguns passando necessidades seríssimas", afirmou Bolsonaro.
O presidente disse, ainda, que ele não está em uma "guerra política". "É uma guerra que, realmente, tem a ver com o futuro de uma nação. Não podemos esquecer a questão do emprego.(...) Apoiamos medidas protetivas, agora, tudo tem um limite", afirmou. Segundo Bolsonaro, "boa parte dos prefeitos" querem uma mudança na política de isolamento social.
Estudos científicos publicados em revistas internacionais, porém, apontam para a eficácia de medidas de distanciamento social para o combate à transmissão do novo coronavírus. A eficiência do isolamento decorre da característica do vírus: ele se espalha por gotículas de saliva e muco de pessoas contaminadas.
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