Aziz critica apoiadores da cloroquina e diz que CPI não acabará em pizza
O senador Omar Aziz (PSD-AM), favorito para presidir a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado, afirmou que, se depender dele, a investigação que irá se debruçar sobre a atuação do governo federal na gestão da pandemia do novo coronavírus "não vai terminar em pizza". A declaração foi dada hoje, em entrevista à rádio CBN.
Aziz se posicionou de forma contrária à ideia de imunidade de rebanho e criticou políticos que apoiam o uso da cloroquina, remédio sem eficiência comprovada no tratamento da covid-19. "Não é possível que há milhares de cientistas no mundo todo estudando essa doença e é a gente que está certo em usar cloroquina", disse.
Para Aziz, a CPI da Covid é importante para investigar os erros do Brasil no combate à covid-19. O senador afirmou que, diferentemente de outras comissões que poderiam soar como "abstratas para a população", essa "está na residência de todos nós".
Aziz também criticou a atuação do ministério das Relações Exteriores, sob o comando do ex-ministro Ernesto Araújo. Para o parlamentar, a CPI da Covid deve investigar por que acordos internacionais não foram realizados logo no início da pandemia. No entanto, ele afirmou que, se depender dele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não será convocado no âmbito das investigações.
"CPI vai investigar fatos, e não pessoas"
Também nesta segunda, Aziz disse à Rádio Bandeirantes que a comissão irá investigar fatos, e não pessoas. Considerado como político independente do governo de Jair Bolsonaro, o parlamentar do PSD, que perdeu um irmão por causa da doença, afirmou que "sofreu muito e ainda sofre com essa pandemia".
"Nós iremos investigar fatos, e fatos chegarão nas pessoas, e as pessoas que fizeram parte desse fato terrível, que contribuíram, ou não fizeram absolutamente nada, para que a gente chegasse a essa estatística terrível". Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Brasil registrou 373 mil mortos pelo coronavírus.
Senador diz ter maioria dos votos
Os trabalhos na CPI devem ter início na próxima quinta-feira (22), com a eleição do presidente e do relator. Favorito para presidir a comissão, Omar Aziz garantiu ter o voto de oito dos onze senadores que integram a CPI.
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) também tenta ocupar o posto. Segundo Aziz, o intuito do parlamentar cearense é evitar que Renan Calheiros (MDB-AL) seja relator da CPI.
"O senador Eduardo Girão me ligou a semana passada e disse que não concordava com a indicação do relator, vou indicar o Renan, e que seria candidato a presidente. O que é normal isso porque é uma casa democrática e ter uma disputa é algo salutar até", concluiu.
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