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CPI da Covid instala divisórias transparentes entre senadores

Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) conversam entre parede de acrílico na CPI da Covid - REUTERS
Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) conversam entre parede de acrílico na CPI da Covid Imagem: REUTERS

Do UOL, em São Paulo

11/05/2021 10h24Atualizada em 11/05/2021 10h50

A CPI da Covid instalou divisórias transparentes, de acrílico, entre os senadores que integram o colegiado para evitar a disseminação do coronavírus durante as sessões. Em reuniões anteriores, apenas a mesa da presidência, na qual os depoentes também se sentam ao redor, tinha a proteção de barreira.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, havia sugerido que os parlamentares e os depoentes fizessem testes rápidos para identificar se os presentes não estavam ou não com covid-19.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) chegou a concordar com a situação, mas até o momento, não foi divulgado se esse será um procedimento adotado durante o funcionamento do colegiado.

A comissão retomou as atividades hoje, com a oitiva do diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres.

O gestor deve ser questionado sobre a aprovação de uso das vacinas no país. A atenção especial deve ser a tratativa sobre o imunizante russo, Sputnik V, desenvolvido pelo Instituto Gamaleya, que não foi bem recebido no país.

Minuto de silêncio na abertura da última sessão

Os parlamentares que integram a CPI da Covid no Senado fizeram um minuto de silêncio em homenagem aos mais de 410 mil mortos pela covid-19 na abertura da última sessão, que ouviu o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

O colegiado citou diretamente o ator Paulo Gustavo, que morreu ontem, aos 42 anos, por complicações da doença.

Aziz pediu que os parlamentares também fizessem um minuto de silêncio em homenagem aos artistas do Amazonas, como Zezinho que cantava na banda Carrapicho.

CPI mudou "postura" do governo

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou ontem as redes sociais para declarar que a partir das oitivas colhidas pelo colegiado, é possível observar mudanças de "postura" tanto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quanto de medidas que colaborem para combater o avanço da pandemia no país.

Segundo o parlamentar, a comissão conseguiu que Bolsonaro fizesse o uso de máscara em locais públicos e privados. Na leitura de Rodrigues, esse é "o mínimo para que o povo entenda a importância da proteção".

Entre as motivações da CPI da Pandemia estão, sobretudo, viabilizar mais vacinas ao país, melhorar a estrutura da Saúde e reduzir o número de mortes por covid-19
Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

Outra situação que Randolfe atribuiu como uma das "conquistas" da CPI da Covid é a confirmação da compra de um segundo lote de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer, contra a covid-19.

São ajustes, posturas e tomada de decisões que já estão fazendo a diferença na vida do povo brasileiro! Vamos lutar por muito mais!
Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.