Nove dias após ameaça, Bolsonaro diz que agirá 'daqui para frente'
Antes de viajar ao Mato Grosso do Sul, onde terá eventos com produtores rurais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer que só "colocará o Exército" na rua para "manter a liberdade" e que o recado sobre a sua contrariedade às medidas de restrição para o controle da disseminação do novo coronavírus já foi dado.
Há nove dias, durante um pronunciamento no Palácio do Planalto, Bolsonaro ameaçou editar um decreto contra restrições de circulação impostas por prefeitos e governadores, mas até o momento não houve movimentos neste sentido. Hoje, em conversa com apoiadores, ele disse que agirá "daqui para frente", mais uma vez sem ser específico em sua intenção.
"Eu não fechei nada. O meu Exército só vai para a rua para manter a liberdade de vocês, jamais vai mantê-los dentro de casa. Eu respondo por meus atos, agora, se governadores, prefeitos estão na contramão...", afirmou até ser interrompido por um apoiador.
Em seguida, o presidente ameaçou os demais entes federados ao dizer que já deu "o recado que tinha que dar" e que, "daqui para frente", iria agir.
A fala aos apoiadores foi feita ao lado do filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-SP). Em um dos momentos da conversa com apoiadores, uma seguidora arrancou um sorriso do presidente ao disparar: "prende o Lula, por favor".
Críticas rotineiras
Ontem, o presidente atacou o relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), a quem chamou de "picareta" e "vagabundo", e ao ex-presidente Lula.
"Se esse indivíduo quer fazer um show tentando me derrubar, não o fará. Somente Deus me tira daquela cadeira (presidencial)", disse em viagem a Maceió, capital de Alagoas, estado governado por Renan Filho, do mesmo partido do pai.
Jair Bolsonaro também voltou a agredir o ex-presidente petista, ao se referir ao opositor como "ladrão de nove dedos".
*Colaborou Fabio Castanho
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