Mayra diz que Pazuello recebia informações diárias sobre o caos em Manaus
A servidora do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro declarou hoje em depoimento à CPI da Covid que relatava diariamente ao então ministro da pasta Eduardo Pazuello sobre o colapso do sistema de saúde que ocorreu em Manaus, no Amazonas.
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde havia sido questionada pelo senador membro da Comissão Parlamentar de Inquérito Alessandro Vieira (Cidadania-SE) sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter se negado a intervir em Manaus.
Na altura, de acordo com Pinheiro, o chefe do Executivo nacional tinha conhecimento que a região de Manaus atravessava o pior momento da pandemia, assim como o ex-ministro da Saúde.
O relatório era diário, nos dias em que eu estive em Manaus. Diariamente a gente passava um relatório. O ministro ligava a todo tempo pedindo para gente passar as informações, os secretários recebiam ofícios sobre o que era considerado urgência e nós enviávamos para o ministério da Saúde
Mayra Pinheiro
"Capitã cloroquina" tem o direito de ficar calada
Mayra Pinheiro obteve um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) que dá direito de se calar ao ser questionada sobre o colapso da rede de saúde do Amazonas que possam formar provas contra si. A situação na capital amazonense foi agravada entre o fim de dezembro de 2020 e janeiro deste ano.
Ela terá esse direito porque o assunto é foco de investigações do MPF (Ministério Público Federal). A Procuradoria apura se Mayra e seu ex-chefe, o general do Exército Eduardo Pazuello — que atuou como Ministro da Saúde — e outras cinco pessoas são os responsáveis pelo agravamento da crise sanitária em Manaus.
O gabinete temporário na capital amazonense foi montado por Mayra Pinheiro durante a crise sanitária na região.
Depoimento ao MPF
A médica cearense Mayra Pinheiro já foi ouvida pelo Ministério Público Federal na investigação que apura se houve omissão do govenro federal diante do avanço da pandemia, da falta de oxigênio e insumos em Manaus, no Amazonas,
Durante os depoimentos, Mayra confirmou ter conversado com médicos e estimulado a prescrição da cloroquina e da hidroxicloroquia em "doses seguras", ainda que as medicações não tenham eficácia comprovada contra a covid-19. A informação foi revelada à época pelo jornal O Globo.
* Com Ana Carla Bermúdez, colabração para o UOL.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.