Imagem do Exército fica arranhada ao não punir Pazuello, diz especialista
O professor de Relações Internacionais da ESPM Gunther Rudzit, especialista em Segurança Nacional, avaliou hoje que a imagem das Forças Armadas ficou arranhada com a decisão do Exército de não aplicar nenhuma punição ao general Eduardo Pazuello, por participar de um ato político com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no Rio de Janeiro no último dia 23. O processo disciplinar foi arquivado.
"Dentre as instituições do país, as Forças Armadas sempre estiveram num grau de avaliação positiva muito acima de quase todas as outras instituições e, principalmente, em relação aos partidos políticos e ao Congresso Nacional. Então, com certeza a imagem, principalmente do Exército, mas das Forças Armadas saiu arranhada desse episódio", disse ele, durante participação no UOL News.
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Na avaliação do especialista, ao tomar a decisão, o Comando do Exército preferiu "o risco da insubordinação a uma crise sem precedentes".
"Já está muito claro as intenções do presidente Bolsonaro, que é de enfraquecer as instituições brasileiras, dentre elas as próprias Forças Armadas", acrescentou Rudzit. Segundo ele, o presidente já havia dado sinais de que se Pazuello fosse punido todo Alto Comando cairia. "Teríamos uma crise institucional", disse.
Em nota divulgada ontem, o Centro de Comunicação do Exército justificou que Comandante do Exército "analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general".
"Desta forma, não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do General Pazuello e, em consequência, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado", diz um trecho da nota.
Em sua defesa, Pazuello alegou que o ato que participou no Rio não seria uma manifestação política.
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