Bolsonaro não tem segurança para reeleição, diz vice-presidente do Patriota
O vice-presidente do Patriota, Ovasco Resende, disse que o presidente Jair Bolsonaro "não tem segurança nenhuma" de que o partido vá manter sua candidatura à reeleição em 2022.
"Se aparecer um candidato mais forte nas pesquisas, Adilson [Barroso, presidente do Patriota] pode tirar a legenda e apoiar outro nome", afirmou Resende em entrevista ao jornal O Globo.
O Patriota enfrenta um racha no partido após a filiação de um dos filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro. Na semana passada, integrantes da legenda entraram com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em que acusam Adilson Barroso de conduzir negociações sem transparência para filiação dos Bolsonaro.
Resende, por sua vez, também criticou Barroso e afirmou que ele usou o presidente da República para "tentar dar um golpe". "Não acredito que Bolsonaro vá entrar em um partido dividido e no qual o próprio presidente da legenda age de forma sorrateira", disse.
O vice-presidente do Patriota disse não ter nada contra Bolsonaro, mas alega que seu grupo não foi consultado sobre a filiação dele e de Flávio, nem sobre o apoio à reeleição do presidente no ano que vem.
Bolsonaro no Patriota
Na semana passada, o senador Flávio Bolsonaro migrou do Republicanos para o Patriota e informou que o pai também recebeu um convite para se filiar ao partido.
Apesar disso, integrantes da legenda afirmam que só souberam de reuniões entre Bolsonaro e Barroso pela imprensa. Eles afirmam que não são contrários à filiação, mas querem que os ritos internos do partido sejam respeitados.
"Compete à convenção nacional do Patriota decidir democraticamente se o partido terá candidatura presidencial própria em 2022 e, em caso positivo, se é vontade da maioria que o candidato seja o Exmo. Sr. Presidente da República Jair Bolsonaro e que seus apoiadores ocupem posições no Patriota", diz o texto enviado ao TSE.
O presidente, no entanto, afirmou que sua ida para o Patriota está "quase certa". "Está quase certo. Estamos negociando. É como um casamento, né? Programado, planejado, para não dar problema, né?", disse a apoiadores.
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