Elcio Franco diz que não houve cancelamento de contrato de vacinas
O coronel Antônio Elcio Franco Filho, ex-número dois do Ministério da Saúde durante a gestão do ministro Eduardo Pazuello, disse hoje à CPI da Covid que não houve cancelamento de contrato de vacinas ao ser questionado sobre a decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de suspender o protocolo de intenções para a compra 46 milhões de doses da Coronavac.
"Não houve cancelamento, foi feita divulgação pública de que as vacinas seriam adquiridas desde que confirmadas segurança e eficácia pela Anivsa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)", afirmou.
Segundo ele, "não houve nenhum cancelamento" das tratativas para aquisição de imunizantes contra o novo coronavírus. Elcio Franco, porém, foi contraditado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que colocou vídeos onde o militar diz que o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi interpretado de forma equivocada, quando afirmou que estava negociando a aquisição da "vacina chinesa".
Em outubro do ano passado, entretanto, o presidente Bolsonaro desautorizou publicamente o general Pazuello, que havia anunciado a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
O presidente chegou a dizer que o povo brasileiro não seria "cobaia" e disse que não firmaria acordo por nenhuma vacina não autorizada pela Anvisa. Apesar do posicionamento, o governo brasileiro adquiriu doses da AstraZeneca/Oxford antes do aval da agência.
Vídeos sobre o chamado "gabinete paralelo" da saúde, que teria aconselhado o presidente com relação às medidas tomadas pelo governo com relação à pandemia do novo coronavírus, também foram apresentados pelo senador alagoano. Elcio Franco, porém, negou que tivesse conhecimento do gabinete.
O gabinete paraelelo foi nominado por Renan Calheiros de "ministério da Doença".
"Esse grupo era uma espécie de ministério da doença, em contraposição ao Ministério da Saúde, que o Pazuello e o senhor representavam. Ou seja, quem era paralelo era o Ministério da Saúde", afirmou.
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