Topo

Esse conteúdo é antigo

Marco Aurélio rebate Bolsonaro sobre máscaras: estados e municípios decidem

Ministro Marco Aurélio Mello durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília - Adriano Machado/Reuters
Ministro Marco Aurélio Mello durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília Imagem: Adriano Machado/Reuters

Colaboração para o UOL*

10/06/2021 19h31Atualizada em 10/06/2021 20h22

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello voltou a dizer que estados e municípios têm autonomia, dentro de seus territórios, para decidir sobre o uso de máscara e demais medidas de combate à pandemia.

O ministro foi questionado após declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na tarde de hoje. O chefe do Executivo afirmou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deve publicar um parecer para desobrigar o uso de máscara para os cidadãos que já foram vacinados ou que tenham contraído a covid-19.

A ideia do presidente, de que a proteção seria "um símbolo" que tem utilidade apenas "para quem está infectado", contraria as recomendações de autoridades sanitárias de todo o mundo e também foi criticada por especialistas brasileiros.

"O que se deve preconizar é a cautela. Não entro no mérito da orientação do Executivo. Apenas digo que estados e municípios continuam com essa atribuição de cuidar da saúde", garantiu, conforme decisão anterior do STF, que atribui igualmente ao governo federal, estadual e municipal as decisões no combate à pandemia.

O ministro lembrou que mesmo as pessoas que já foram vacinadas podem se infectar, e disse entender que "todo cuidado é pouco". Marco Aurélio citou a necessidade do uso de máscara, distanciamento, uso de álcool em gel e lavagem de mãos.

Evitando comentar diretamente a fala de Bolsonaro, o ministro disse que a orientação "não é salutar", porque "o exemplo vem de cima".

* Colaborou Rafael Neves, do UOL, em Brasília