CPI marca depoimentos de Osmar Terra e Filipe Martins para próxima semana
A CPI da Covid definiu a data para depoimento do ex-ministro da Cidadania e deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) e de Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República, O primeiro deverá comparecer à Comissão na próxima terça-feira (22), e o segundo na quinta-feira (24).
A convocação do deputado foi aprovada pela maioria dos senadores da CPI na semana passada. Osmar Terra foi chamado para que explique como funcionava o chamado "gabinete paralelo" da Saúde, que aconselhava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à pandemia do coronavírus.
O deputado, que se posiciona contra medidas de distanciamento social, fez diversas previsões erradas sobre o número de mortes causadas pela doença, assim como sobre o fim da pandemia no Brasil. Ele também defende o tratamento precoce com o chamado "kit covid" - que usa remédios ineficazes contra a covid-19.
Sobre Filipe Martins, a CPI investiga a participação dele em episódios relacionados à compra de vacinas pelo governo federal, envolvimento apontado pelo ex-ministro da saúde Henrique Mandetta. O assessor da Presidência também foi citado pelo presidente regional da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, que alegou ter o encontrado em uma reunião no Palácio do Planalto, em dezembro de 2020.
Hoje, a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber decidiu manter as quebras de sigilo telefônico e telemático de Filipe Martins, determinadas pela CPI da Covid. O assessor da Presidência havia recorrido ao Supremo para barrar a medida. A ministra entendeu que existem indícios de que ele "teria concorrido diretamente para o atraso na aquisição de imunizantes pelo Estado brasileiro e, por via de consequência, influenciado no agravamento da situação pandêmica hoje vivenciada no país".
Recentemente, Filipe Martins esteve envolvido, também, em outro caso. O MPF (Ministério Público Federal) o denunciou por realizar um gesto ligado a grupos racistas e supremacistas durante uma sessão no Senado. Para o órgão, "ficou evidente" que o assessor "tinha consciência do conteúdo, do significado e da ilicitude do seu gesto".
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