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'CPI entra agora na fase de investigação de corrupção', diz Randolfe

Senador Randolfe Rodrigues após sessão da CPI da Covid que ouviu o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pela segunda vez   - Leopoldo Silva/Agência Senado
Senador Randolfe Rodrigues após sessão da CPI da Covid que ouviu o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pela segunda vez Imagem: Leopoldo Silva/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

22/06/2021 19h24

O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse hoje que a comissão entrará em sua terceira e decisiva fase, com a investigação de crimes por corrupção ativa e passiva cometidos supostamente por agentes públicos.

Nós tínhamos dados que comprovam a omissão por parte do governo federal na aquisição de vacinas. Já descobrimos a atuação de um 'gabinete paralelo' no enfrentamento à pandemia... Nós estamos abrindo agora uma terceira vertente, sendo que ocorreu um 'cumpliciamento' entre agentes privados e públicos em detrimento do erário Randolfe Rodrigues, durante entrevista a jornalistas, no Senado

"A Comissão Parlamentar de Inquérito entra em uma terceira e decisiva fase, que é a investigação de outros crimes além dos anteriores. Até então, os indícios eram de crimes contra a ordem de saúde sanitária, de prevaricação, basicamente estes. Nós vamos entrar agora na área de investigação em relação à corrupção ativa e passiva de agentes públicos e privados", completou.

A declaração de Randolfe Rodrigues ocorreu logo depois do término da sessão que ouviu o depoimento do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Na CPI, o parlamentar afirmou, dentre outras coisas, que a tese de imunização de rebanho seria consequência natural de qualquer pandemia e que as medidas de restrição, como o isolamento social e o lockdown, não salvaram sequer uma vida durante a crise sanitária provocada pela covid-19 — apesar de evidências científicas mostrarem justamente a importância deste tipo de medida para conter a disseminação do coronavírus.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.