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Petista quer levar à CPI fiscal da Saúde que teria sido indicada por Barros

Gabriel Toueg

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/06/2021 22h54Atualizada em 25/06/2021 23h32

O senador Humberto Costa (PT-PE) disse hoje que apresentará requerimento para que a comissão convoque para depor a servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Oliveira, citada durante depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF).

"Quero começar dizendo que mandei preparar o requerimento de convocação da senhora Regina Célia, fiscal do contrato [da Covaxin], para que ela explique por que autorizou a continuidade desse processo, depois das irregularidades que nós vimos aqui", afirmou Costa.

O irmão do deputado, o também servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda, afirmou durante a sessão de hoje que o contrato de compra da vacina indiana Covaxin foi autorizado por Regina Célia, fiscal do ministério.

"A continuidade do processo [de aquisição da Covaxin] para o quantitativo menor de 3 milhões de doses e a empresa Madison", segundo o servidor, foi autorizada "no dia 22 de março pela fiscal do contrato, Regina Célia Silva Oliveira".

De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Regina Célia teria sido nomeada pelo então ministro da Saúde, Ricardo Barros. A nomeação teria ocorrido em 2017, no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), durante a gestão de Barros (PP-PR), que atualmente é líder do governo na Câmara.

Barros negou ser o parlamentar citado por Miranda. "Não sou esse parlamentar citado. A investigação provará isso. Também não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe. Não tenho relação com esses fatos", escreveu nas redes sociais.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.