Ao falar do Ipec, Bolsonaro cita declaração polêmica de Lula sobre mulheres
Ao ser questionado hoje por apoiadores na saída do Palácio da Alvorada sobre a desvantagem na corrida presidencial de 2022 diante da possível candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (sem partido) citou uma fala controversa do petista de 2016.
Bolsonaro também voltou a dizer que desconfia do sistema eleitoral, mas até o momento, o chefe do Executivo federal não apresentou provas sobre as afirmações.
Teve uma pesquisa aí, de um instituto Ipec, não sei o que lá, que deu 49% para o Lula. O que a grande mídia vai fazer? Em cima disso fala que o Bolsonaro é grosso, fala palavrão, as mulheres não votam nele. Eu não quero falar o que o Lula falou. Ele citou mulheres do 'cabelo' duro. Ele não usa máscara, geralmente não usa, não vou votar nele. Agora quem foi que falou 'ainda bem que apareceu o vírus?'
Jair Bolsonaro
A fala polêmica de Lula citada por Bolsonaro foi dita há cinco anos e questionava: "Onde estão as mulheres de grelo duro do nosso partido?".
Na altura, Lula foi rebatido por feministas que alegaram ser machista o cunho da mensagem dita pelo ex-presidente. A declaração de Lula foi realizada durante uma ligação com o ex-ministro Paulo Vannuch que foi grampeada.
A reação de Bolsonaro às pesquisas eleitorais é de negação. Hoje, o presidente declarou que não acredita nos números apresentados pelas pesquisas de intenção de votos e citou as eleições de 2018.
Eu não acredito em pesquisa eleitoral. Em 2018, o Datafolha disse que eu não iria para o segundo turno e que, se eu fosse, não ganharia de ninguém. Por isso que nós queremos o voto auditável
Jair Bolsonaro
Lula na vantagem
Com 49% das intenções de voto, o ex-presidente Lula segue em disparada como o possível candidato eleito venceria em primeiro turno. O levantamento foi realizado pela Ipec (Inteligência de Pesquisa e Consultoria) — ex-Ibope.
No mesmo cenário, Bolsonaro aparece com apenas 23% dos votos totais e 26% dos votos válidos.
A pesquisa avaliou também a viabilidade dos ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), bem como do governador de São Paulo João Doria (PSDB).
O pedetista tem 7% dos votos totais, o tucano Doria, 5% e o demista, 3%. Votos brancos e nulos somam 10% e não souberam ou não responderam, 3%.
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