Joice chama Bolsonaro de monstro; Bibo fala em 'supermico do impeachment'
Após a entrega do "superpedido" de impeachment, parlamentares repercutiram a iniciativa, destacando principalmente a "frente ampla", uma vez que o pedido contou que apoio de políticos de diferentes correntes ideológicas. Em resposta, alguns deputados da base governista desmereceram a ação.
No ato que reuniu parlamentares e movimentos sociais, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) chamou Bolsonaro de "ogro", "genocida" e falou que apesar de já ter integrado sua base de apoio, jamais votaria nele novamente.
Eu não titubeei em um único momento em assinar esse pedido de impeachment. Nós temos hoje o pior presidente da história da República. Eu fui líder desse ogro, mas eu fui a primeira da direita a sair quando a popularidade dele estava aqui (alta). Eu sei o quanto me custou e nunca mais, nem com uma arma na cabeça, esse homem leva um voto meu. Ele jamais será reeleito, mas o Brasil não aguenta até 2022", falou a deputada.
Joice foi líder do governo na Câmara entre fevereiro e outubro de 2019. No ano seguinte, ela passou a ser crítica do governo Bolsonaro e foi alvo de críticas de apoiadores do presidente durante a sua campanha nas eleições de 2020, quando disputou a Prefeitura de São Paulo.
Kim Kataguiri (DEM-SP), que assinou o pedido em nome do MBL (Movimento Brasil Livre), também discursou no ato e, em seguida, fez uma série de posts no Twitter defendendo a união em torno da defesa do impeachment. Na rede social, ele protagonizou uma discussão com o também deputado e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Eduardo postou uma foto de Kim ao lado de Fernanda Melchiona (PSOL-RS) e José Guimarães (PT-CE) no evento da tarde de hoje e escreveu: "O apelido "camisinha de comunista" nunca esteve tão bem representando". Kim respondeu o filho do presidente acusando-o de defender interesses de corruptos.
Além de Eduardo Bolsonaro, outros parlamentares governistas se manifestaram sobre o assunto. Bibo Nunes (PSL-RS) chamou o pedido de "supermico" do impeachment e chamou seus colegas de "mitômanos" (pessoas que mentem de forma patológica).
Do outro lado, os políticos que apoiam o impeachment de Bolsonaro chamaram a entrega do "superpedido" de momento histórico. "Vamos com tudo, pressão total dentro e fora do Congresso pela abertura imediata do processo de impeachment", escreveu Marcelo Freixo (PSB-RJ).
O ex-presidente Lula (PT) parabenizou a oposição e os movimentos sociais por terem juntado os mais de 120 pedidos de impeachment em um. "Espero que as manifestações de rua convençam o presidente da Câmara a colocar em votação", escreveu.
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