Mandetta se defende: 'Estruturei departamento para evitar corrupção'
Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, publicou um vídeo no Twitter para se defender de acusações sobre corrupção. Segundo ele, durante a sua gestão foi estruturado um departamento na pasta capaz de "evitar a corrupção".
As declarações acontecem um dia após a Folha de São Paulo revelar que a pasta que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu propina de US$ 1 por dose de vacinas contra a covid-19.
Quando ministro, estruturei um departamento inteiro para evitar a corrupção. Essa estrutura não existia. Foi o primeiro ministério a criar algo do tipo. Todas as minhas reuniões eram a portas abertas e gravadas. O combate à corrupção começa pelo exemplo de quem lidera
Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde
Mandetta disse que os mecanismos internos criados por ele coibiram a corrupção "ainda mais sofisticada" com o dinheiro destinado ao combate da pandemia do coronavírus no país.
O ex-ministro cita uma reunião com Sergio Moro, que liderou o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro. Segundo Mandetta, a reunião com o ex-juiz levou para dentro do Ministério da Saúde um especialista da Justiça responsável por rastrear transferências com códigos identificadores.
As transferências eram feitas com códigos identificadores, que podiam ser rastreados pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas. Por isso, aconteceram operações da Polícia Federal em Estados e Municípios com tanta rapidez
Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde
Denúncias sobre o Ministério da Saúde
Até o momento, as denúncias sobre o Ministério da Saúde dizem respeito ao período gerido pelo general do Exército, Eduardo Pazuello. As provas têm sido colhidas em depoimentos e documentos entregues à CPI da Covid, no senado.
O vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que há um esquema de corrupção "há muito tempo" no Ministério da Saúde.
Para o parlamentar, há um "modus operandi" em curso na pasta. Randolfe explicou em entrevista à GloboNews que as negociações para compra de vacinas contra a covid-19 só eram autorizadas caso houvesse uma empresa que intermediasse o processo.
Mesmo com prorrogação da CPI, não daremos conta de apurar o conjunto de fraudes e contratos suspeitos que estamos encontrando no Ministério da Saúde
Randolfe Rodrigues, senador do Amapá pela Rede
A Comissão Parlamentar de Inquérito entrou em uma nova fase de investigações desde a última sexta-feira (25), quando os senadores ouviram os depoimentos dos irmãos Miranda — Luis Ricardo Miranda, servidor de carreira do Ministério da Saúde, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).
Ambos denunciaram que o presidente Jair Bolsonaro sabia que havia um esquema de superfaturamento para a aquisição de vacinas da indiana Covaxin, mas que teria se omitido em agir para evitar o contrato.
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