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Quem não usa máscara não entendeu o que é a vida, diz Cármen Lúcia

Ministra do STF Cármen Lúcia, durante conferência sobre "O papel do STF em tempos de pandemia" - Reprodução/YouTube
Ministra do STF Cármen Lúcia, durante conferência sobre 'O papel do STF em tempos de pandemia' Imagem: Reprodução/YouTube

Colaboração para o UOL

02/07/2021 16h22Atualizada em 02/07/2021 18h17

A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), fez uma crítica àqueles que não usam máscara durante a pandemia de covid-19. A fala, mesmo sem direcionamento ou citação a nomes específicos, pode ser entendida como uma indireta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), já que mencionou posturas adotadas por ele.

"Quando continua a haver pessoas que acham que não precisam de tomar previdências, que dizem que não usam a máscara, nem mantém algum tipo de distanciamento uns dos outros, porque isso diz respeito à vida dele. Acho que é alguém que não entendeu nem o que é a vida", disse.

A ministra participou de uma conferência online sobre "O papel do STF em tempos de pandemia". O evento, que contou com a palestra ministra foi organizado pela EJUD22 (Escola Judicial do TRT da 22ª Região).

Cármen Lúcia disse, ainda, que esse tipo de postura é errado porque nós convivemos e não somos "sobreviventes de ilhas" ou "náufragos únicos em um deserto". Por isso, para a ministra, os cuidados devem levar em conta, também, a responsabilidade com a vida do outro.

A ministra explicou que, durante a pandemia, o STF foi acionado diversas vezes por "problemas acarretados no combate ao vírus" e por dificuldades na "atuação entre os entes da federação". Ela destacou, ainda, que no Brasil houve um "descuido muito grande no primeiro momento, e em grande parte ainda continuando" na adoção de medidas indicadas pela ciência.

"Nem é que a doença por si pudesse ser combatida pelos órgãos de estado ou pela sociedade. Mas poderia ter diminuído se nós tivéssemos no Brasil uma atuação tanto estatal, quanto social, diferente da que tivemos", ponderou.

Ainda sobre as decisões tomadas pelo STF, defendeu que, ao ser provocado, o Supremo precisou agir por conta da falta de unidade no país para controle e combate à pandemia. Lembrou, ainda, que foi mantido que os três entes, cada um em sua esfera de competência, teriam o poder de atuar.