Suplicy participa de ato pela 1ª vez após pandemia: 'Energia renovada'
O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP), que esteve hoje no ato contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em São Paulo, participou pela primeira vez de uma manifestação desde o começo da pandemia causada pelo coronavírus.
Imunizado após receber a segunda dose da vacina contra a covid no começo do mês, o político de 80 anos foi liberado pelo médico a participar do ato desde que evitasse aglomerações.
Não foi possível. Após discursar em meio aos manifestantes na avenida Paulista, Suplicy foi cercado por apoiadores com mãos estendidas para selfies.
Antes, chegou a se encontrar rapidamente com Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL) em frente ao carro de som. Mas não pôde discursar no local e caminhou entre a multidão.
"Estou com a energia renovada. Já estava com saudades desse contato com as pessoas", disse em entrevista ao UOL em um bar nas imediações, onde parou para beber duas cervejas, uma porção de batata frita e frango a passarinho com uma amiga que o acompanhou.
Suplicy criticou a postura de Bolsonaro por ter usado palavrões para se referir aos parlamentares envolvidos na CPI da Covid.
A CPI cumpre uma função constitucional muito importante de desvendar fatos gravíssimos descobertos. É dever dos parlamentares irem a fundo para descobrir as coisas. Mas o Bolsonaro não tem a menor educação para tratar as pessoas que discordam dele e usa palavrões para menosprezar as pessoas Eduardo Suplicy
"O governo Bolsonaro está sofrendo um desgaste muito forte dada a maneira como ele age, com muito desrespeito. Ele incita o ódio", complementou.
Segundo ele, esse tipo de postura é uma forma de ataque à democracia. "O presidente precisa se dar conta de que essa forma de desrespeitar as pessoas que fazem críticas ao seu governo é uma forma de desconstruir a democracia."
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