Gilmar Mendes rechaça argumentos por voto impresso: 'Conversa fiada'
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes criticou hoje os argumentos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e dos apoiadores do governo para defender um voto impresso.
Para o magistrado, a discussão sobre a necessidade ou não do voto impresso soa como uma "falsa questão" a ser debatida. "Vamos parar um pouco de conversa fiada", disse, em debate, promovido pela revista ConJur, ao lado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Ontem, em live, Bolsonaro reciclou mentiras para atacar a confiabilidade do voto eletrônico, em meio ao avanço investigativo da CPI da Covid, a reprovação recorde do governo e pesquisas de intenção de voto para 2022 favoráveis ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Políticos, partidos e entidades criticaram a live, que, no fim, não teve apresentação de qualquer prova para as denúncias apresentadas. Até hoje, nunca houve fraude comprovada nas urnas eletrônicas desde que elas foram adotadas ainda parcialmente, em 1996.
"Essa ideia de que, sem voto impresso, não podemos ter eleições ou não vamos ter eleições confiáveis, na verdade, esconde talvez algum tipo de intenção subjacente, que não é boa", afirmou Gilmar Mendes.
No debate, Gilmar ainda disse que, se há tanta desconfiança com as urnas eletrônicas, os defensores do voto impresso deveriam defender a volta do voto manual, sem as urnas, "como um todo", o que seria um erro.
"Tivemos inúmeros problemas [com as eleições pré-urnas eletrônicas]. Inclusive na contabilização [dos votos], no fenômeno muito conhecido do mapismo (fraude eleitoral que se utilizava de votos em branco)", prosseguiu o ministro do Supremo.
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