Inquérito apura se Wassef mantinha escritório de fachada em SP, diz TV
Um inquérito investiga se o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, cometeu fraude ao registrar como escritório de advocacia a casa onde abrigou o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz. As informações são do Jornal Nacional, da TV Globo.
Segundo a reportagem, a única funcionária ouvida até o momento relatou que começou a trabalhar no local depois do início da investigação.
O inquérito apura se Wassef mantinha um escritório de fachada em Atibaia (SP). Foi neste endereço que policiais prenderam Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), em junho de 2020.
De acordo com a emissora, a suspeita é de que Queiroz estivesse morando no local para dificultar sua prisão, porque escritórios de advocacia são invioláveis em algumas circunstâncias.
Na investigação de falsidade ideológica, a polícia ouviu depoimentos de Wassef, da sócia e outras quatro pessoas — todas testemunhas de defesa, segundo o Jornal Nacional.
Giovanna Lopes da Fonseca se apresentou como secretária do advogado, mas não há no inquérito documentos que indiquem as datas de sua contratação ou demissão. À TV Globo, por telefone, ela disse que prestou depoimento ao lado de Wassef, se contradisse sobre datas e afirmou que foi contratada só depois que as autoridades começaram a investigar o escritório.
O comerciante Willian Tanus Facci relatou à polícia que é cliente de Wassef há mais de dez anos e que sempre foi atendido no escritório de Atibaia. Não há, no entanto, documentos que comprovem a prestação de serviços no inquérito. Ele não quis dar entrevista à emissora.
Cintia Ferreira de Lima declarou que a mãe dela é cliente do advogado. Por telefone, a mãe de Cintia, Rose Lima, confirmou à TV Globo que esteve com o advogado em Atibaia, mas não soube precisar a data.
Wassef nega irregularidades
Em vídeo enviado ao Jornal Nacional, o advogado negou irregularidades e disse ser "vítima do crime de denunciação caluniosa".
"Todas as contas estão em nome do meu escritório, continuo atendendo no referido endereço e ali continuarei a atender os meus clientes", afirma ele.
Segundo o Jornal Nacional, o inquérito continua em andamento após um ano e até ontem, a polícia não havia ouvido Queiroz, nem a advogada Ana Flávia Rigamonti, que conviveu com ele na casa de Atibaia, nem o caseiro, que também morava no local. Também não foram ouvidos policiais e promotores que participaram da prisão de Queiroz.
Em documento encaminhado à polícia, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) informou, de acordo com a emissora, que o único endereço profissional registrado por Wassef fica na capital paulista.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo declarou ao Jornal Nacional que faltam depoimentos por carta precatória para encerrar a investigação.
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