MPSP rebate críticas de Bolsonaro e diz que haverá eleições em 2022
O procurador-geral de Justiça Mario Sarrubo do MPSP (Ministério Público de São Paulo) divulgou uma nota em defesa do sistema eleitoral brasileiro e rebateu as reiteradas críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sem citá-lo nominalmente. A declaração garante o compromisso com "um processo eleitoral que expresse fielmente a vontade popular".
No comunicado, ele disse que atuou fiscalizando todas as eleições e garantiu que o sistema é "à prova de fraudes" e que, por isso, quaisquer afirmações em sentido contrário são infundadas.
Além disso, lembrou que é de competência do Congresso Nacional decidir sobre a adoção ou não do voto impresso, fortemente defendido pelo presidente da República e apoiadores, e colocado como condição para a realização de eleições em 2022. Sarrubo configura o que chamou de "transformação deste debate em uma escalada de declarações destemperadas" como um desserviço ao país.
"O MPSP reitera, reverberando a mensagem de outras instituições, que haverá eleições em 2022, posto que, numa República, prevalece o império da lei, independentemente de idiossincrasias e vontades pessoais", escreveu o procurador-geral de Justiça, que finaliza afirmando que não haverá "qualquer tipo de retrocesso" na democracia brasileira.
Ataques ao sistema eleitoral
Hoje, o presidente da República voltou repetir declarações infundadas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. Ele também reforçou a necessidade do voto impresso para que o próximo pleito seja confiável.
Mais cedo, em entrevista para a rádio ABC, do Rio Grande do Sul, Bolsonaro acusou, sem provas, o presidente do TSE, Luis Roberto Barroso, de querer uma eleição manipulada em 2022.
Ontem, o presidente apareceu, por vídeo, em protestos a favor do voto impresso e ameaçou o transcorrer democrático do processo eleitoral do ano que vem, caso não ocorram mudanças no sistema.
Além disso, em transmissão ao vivo na semana passada, Bolsonaro reciclou mentiras para atacar a confiabilidade do voto eletrônico. Ao final da live, porém, ele não apresentou as provas prometidas para as denúncias apresentadas. Nunca houve fraude comprovada nas urnas eletrônicas desde que elas foram adotadas ainda parcialmente, em 1996.
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