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'Dançar sem pisar no pé de ninguém', diz Arthur Lira sobre três Poderes

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) - Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) Imagem: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

07/08/2021 15h33

O Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu hoje a separação dos três Poderes em publicação realizada nas redes sociais. O deputado afirmou que a articulação entre o Judiciário, Executivo e Legislativo deveria ser como uma dança "sem pisar no pé de ninguém".

"Neste fim de semana, sejamos ainda mais inspirados pelos ensinamentos de Aristóteles, Locke e Montesquieu, quando pontificaram sobre o sistema de freios e contrapesos que formam a separação entre os poderes", escreveu.

"É como dançar junto, quem sabe até separado, mas sem pisar no pé de ninguém. Assim é um baile bom, assim é a vida, assim deve ser a nossa convivência civilizada e sempre democrática, sempre harmônica, sempre independente."

Os comentários de Lira surgem após uma semana conturbada entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e do STF (Supremo Tribunal Federal).

Ontem, em uma aglomeração com apoiadores em Joinville (SC), Bolsonaro xingou o ministro Luís Roberto Barroso, que tem sido alvo de ataques do presidente em meio à discussão em torno do "voto impresso auditável". A ofensa do presidente foi condenada por diversos políticos, que cobraram uma reação da Câmara dos Deputados em defesa da democracia.

A manifestação de Bolsonaro veio um dia após o presidente do STF, ministro Luiz Fux, anunciar o cancelamento de uma reunião entre os chefes dos três Poderes, combinada ainda em meados de julho, como uma resposta aos reiterados ataques de Bolsonaro à Corte.

O presidente já havia criticado o ministro Alexandre de Moraes, dizendo que "a hora dele vai chegar", uma reação à decisão do ministro de acolher uma notícia-crime do TSE e determinar a inclusão do presidente no inquérito das fake news, que investiga o financiamento e a disseminação de notícias falsas.