O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que o Congresso Nacional não vai se submeter a "arroubos, a bravatas, a ações que definitivamente não calham no estado democrático de direito". Em pronunciamento no plenário hoje, ele garantiu estar atento a manifestações que possam constranger o Senado e a Câmara.
"Sobre essa manifestação de hoje, desfiles de tanques das Forças Armadas em Brasília, que muitos senadores apontaram como algo que seria indevido, inoportuno, um tanto aleatório. Devo dizer para aqueles que assim interpretaram, que está reafirmado o nosso compromisso com a democracia. E absolutamente nada, e ninguém, haverá de intimidar as prerrogativas do Parlamento", garantiu Pacheco durante abertura da sessão plenária.
A declaração aconteceu horas após o desfile militar em Brasília que foi acompanhado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Defesa, Braga Netto. O evento aconteceu no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados vai votar a proposta do voto impresso.
O presidente do Senado completou dizendo não interpretar o ato como "consistente de intimidação ao Parlamento", nem que haja risco nesse sentido. No entanto, destacou ser necessário "afirmar e reafirmar" a responsabilidade cívica com a obediência à Constituição Federal.
"Quero dizer, que para cada palavra, cada apontamento, cada fato que possa constituir algum tipo de ameaça ou de risco ou de colocação em dúvida das nossa balizas democráticas. Sempre haverá pronta reação do Senado e do Congresso Nacional para afirmar aquilo que temos de mais sagrado, que é o ambiente propício para o progresso e para a ordem do Brasil, que é o ambiente do estado democrático de direito", disse o senador.
Pacheco encerrou o discurso dizendo: "viva a democracia do Brasil".
Fotos do desfile de tanques e blindados por Brasília
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Jair Bolsonaro acompanha a passagem de desfile militar pelo Palácio do Planalto
ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO 2 / 14
Tanque desfila em frente ao Palácio do Planalto
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Desfile de tanques e blindados passa pelo Palácio do Planalto, em Brasília
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Desfile teve como premissa a entrega de convite para a Operação Formosa, da Marinha
ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO 5 / 14
Passagem de veículo militar pelo Palácio do Planalto, em Brasília, durante desfile de tanques
MARIANA ALVES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO 6 / 14
Tanque passa pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília
MARIANA ALVES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO 7 / 14
Desfile de veículos militares blindados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã de hoje
Gabriela Biló/Estadão Conteúdo 8 / 14
Jair Bolsonaro, ao lado de chefes militares, recebe convite para participar da Operação Formosa
ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO 9 / 14
Bolsonaro conversa com ministro da Defesa, Walter Braga Netto, durante passagem de desfile de tanques em blindados por Brasília
ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO 10 / 14
Jair Bolsonaro ao lado de chefes militares enquanto assistia a desfile de tanques e blindados em Brasília
Adriano Machado/Reuters 11 / 14
Desfile de blindados e tanques por Brasília gerou protestos de oposicionistas, que veem no ato uma tentativa do presidente em mostrar poder militar
FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO 12 / 14
Tanques da Marinha durante desfile militar em Brasília
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Manifestantes protestam com flores contra desfile de tanques e blindados em Brasília
Adriano Machado/Reuters 14 / 14
Autoridades prendem manifestante que tentou impedir a passagem de veículos militares durante parada em frente ao Palácio do Planalto
Evaristo Sa/AFP
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