Líderes no Senado preveem rejeição da reforma eleitoral aprovada na Câmara
Apesar de aprovada em segundo turno pela Câmara dos Deputados, a reforma eleitoral deve enfrentar resistência no Senado, para onde o texto foi encaminhado agora. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que prevê o retorno das coligações partidárias, não conta com o apoio da maioria dos líderes da Casa, que se articulam para derrubar o projeto junto ao presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
O senador Humberto Costa (PT-PE) afirma que a oposição buscará "derrubar todo o projeto" enviado pela Câmara. Segundo ele, os líderes do Senado ainda estão conversando sobre o futuro do texto e levarão um posicionamento a Pacheco, que já deixou claro ser contra o retorno do modelo eleitoral aprovado na Câmara. Segundo ele, a possível mudança seria um "retrocesso".
Questionado sobre o acordo feito pelos deputados do PT na Câmara em favor da aprovação do projeto, Humberto Costa afirmou: "quem fez foi a Câmara, nós aqui não vamos fazer acordo com ninguém. Vamos derrubar".
Segundo a senadora Leila Barros (Cidadania-DF), há um consenso na Casa de que o projeto terá problemas em ser aprovado.
Governista e líder do DEM no Senado, Marcos Rogério (RO), também reconhece que o projeto terá dificuldades de ser aprovado pelos colegas, mas defendeu que a Casa leve em consideração "o que Câmara está dizendo, porque é a Câmara que vai disputar eleições por meio do modelo" proposto.
O senador Lasier Martins, líder do bloco com Podemos, PSDB e PSL, também defendeu o fim das coligações. Ele lembra que o modelo foi um dos aspectos eleitorais responsáveis por incentivar a ampliação do número de partidos no Brasil.
Está na hora de acabar com essa aberração que tem induzido a criação dessa imensidade de pequenos partidos no cenário político"
Lasier Martins, líder do bloco com Podemos, PSDB e PSL no Senado
Já a relatora da proposta na Câmara, deputada Renata Abreu (Podemos-SP), declarou esperar que o texto seja aprovado pelos senadores por acreditar que o Senado respeitará o "acordo de cavalheiros" firmado entre as Casas legislativas. "Existe uma questão histórica no Congresso. Há um entendimento de que, quando a Câmara legisla para si, o Senado não contesta, e vice-versa", afirmou.
Ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ressaltou que o presidente do Senado "fez um compromisso de pautar a PEC", mas que a possível aprovação dependerá do entendimento dos senadores.
"Eu só pedi o respeito ao presidente Rodrigo Pacheco de, em a Câmara aprovar a PEC em segundo turno, ele pautar a proposta em plenário, mas sem compromisso nenhum de resultado", afirmou.
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