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PF deixa Fachin sem resposta sobre inquérito que apura vazamentos na CPI

Edson Fachin, ministro do STF - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Edson Fachin, ministro do STF Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Rafael Neves

Do UOL, em Brasília

18/08/2021 18h59Atualizada em 18/08/2021 20h47

A Polícia Federal não deu resposta a um pedido do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), para que esclarecesse o alcance de um inquérito que apura vazamentos na CPI da Covid. No dia 12 de agosto, Fachin havia questionado à PF se a investigação, aberta uma semana antes, mirava os senadores da comissão, que têm foro privilegiado. Em caso positivo, o inquérito precisa ser acompanhado pelo Supremo.

Na manifestação, Fachin deu 48 horas à PF para dar esclarecimentos. Na tarde de hoje, contudo, Fachin emitiu um novo despacho, afirmando que o prazo havia transcorrido in albis (em branco). O ministro pede, agora, que a PGR (Procuradoria-geral da República) se manifeste sobre o caso, também em 48 horas.

A discussão começou com um pedido de habeas corpus protocolado pelos senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), que ocupam os cargos de presidente, vice-presidente e relator da CPI.

No pedido, feito no último dia 11, os parlamentares argumentam que a PF cometeu "abuso de autoridade" por ter dado a entender, em nota enviada à imprensa, que os vazamentos teriam partido dos membros da comissão, mas sem mencionar isso expressamente.

Ao UOL, a PF afirmou que havia protocolado o documento no prazo, mas que enfrentou um problema no sistema de peticionamento do STF. Até as 20h30 desta quarta-feira (18), ainda não havia resposta da PF nos autos.