Pacheco diz que não vê fundamentos para impeachment de ministros
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) declarou hoje que não vê fundamentos para ocorrer o impeachment dos ministros do Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal) e o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Luis Roberto Barroso.
Desde já digo que não antevejo os fundamentos jurídicos e técnicos para impeachment nesse momento do Brasil. Como presidente do Senado digo que recebo os pedidos de impeachment considero que a decisão deve ser pautada pela lei
Rodrigo Pacheco
O líder do Congresso Nacional disse ainda que não conversou com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o assunto. No entanto, Pacheco afirmou — sem citar Bolsonaro — que seria bom não haver interferência no Legislativo e cobrou uma busca por estabilidade nas relações entre os três poderes.
As declarações do presidente do Senado ocorrem em um evento, em São Paulo, no mesmo dia em que Bolsonaro voltou a falar sobre as manifestações agendadas a favor da gestão federal e contra o STF. Os atos estão previstos para ocorrer no feriado de 7 de Setembro.
O presidente chegou a marcar hora em que irá aparecer ao lado de apoiadores em Brasília e em São Paulo. Bolsonaro também voltou a falar sobre o voto impresso, mesmo após a derrota da pauta no plenário da Câmara dos Deputados.
Voto impresso é 'assunto encerrado'
Pacheco foi enfático ao citar que a pauta do voto impresso no Congresso é considerado, por ele, como encerrado.
O líder do Senado disse que confia na Justiça Eleitoral, como também no TSE. Na visão dele, é importante que o tribunal se comunique com a sociedade para que a população brasileira conheça o sistema eletrônico para que o país chegue na disputa de 2022 "sem dúvidas" em relação ao processo eleitoral.
Portanto eu considero esse assunto do voto impresso um assunto encerrado no Congresso Nacional
Rodrigo Pacheco
Com o avanço dos conflitos entre os poderes, Pacheco verbalizou que iniciativas desse tipo dificultam as relações e acabam estabelecendo um retrocesso no país, mas que o Congresso manterá como objetivo a "manutenção do diálogo".
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