Carlos Bolsonaro fala em agir contra passaporte da vacina e Paes debocha
O vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos) reagiu hoje ao anúncio do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), sobre o "passaporte" da vacina que será exigido em alguns locais do Rio a partir da próxima semana. O prefeito debochou e afirmou que basta se vacinar.
A exemplo do irmão e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carlos afirmou que irá "tomar providências" contra a medida. O principal alvo do vereador é o decreto que lista estabelecimentos privados e pontos turísticos. "A matéria vai na contramão do que rege a Constituição", disse Carlos no Twitter.
Em resposta, Paes debochou do vereador e afirmou que as "providências" seriam tomar as duas doses da vacina. Além disso, o prefeito ressaltou que as vacinas aplicadas na cidade —e exigidas para entrada em alguns locais— são compradas e entregues pelo governo federal.
Sem citar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pai de Carlos e Eduardo, Paes agradeceu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Em SP, Eduardo quer habeas corpus preventivo
Em relação à medida em São Paulo, Eduardo Bolsonaro agiu de forma semelhante contra anúncio do Ricardo Nunes (MDB).
Eduardo afirmou que entrou com pedido de habeas corpus preventivo no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) para evitar que entre em vigor na capital paulista o "passaporte".
O deputado afirmou ainda que, caso passe a valer, o passaporte da vacina poderia criar uma "segunda classe" de pessoas não imunizadas e que tal medida fere o direito de ir e vir da população. Um dia depois, Eduardo se vacinou contra a covid-19 pelas mãos de Queiroga.
Como funcionará o "passaporte" carioca
A comprovação obrigatória da vacinação contra a covid-19 para o acesso e permanência vale para alguns estabelecimentos, realização de cirurgias eletivas e inclusão ou manutenção no programa Família Carioca, de transferência de renda.
Veja a lista de estabelecimentos que deverão exigir a comprovação a partir de 1º de setembro
- Academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e de condicionamento físico e clubes sociais;
- Vilas olímpicas, estádios e ginásios esportivos;
- Cinemas, teatros, salas de concerto, salões de jogos, circos, recreação infantil e pistas de patinação;
- Atividades de entretenimento, exceto quando expressamente vedadas;
- Locais de visitação turísticas, museus, galerias e exposições de arte, aquário, parques de diversões, parques temáticos, parques aquáticos, apresentações e drive-in;
- Conferências, convenções e feiras comerciais.
Hoje, durante a divulgação do boletim epidemiológico, Paes declarou que as iniciativas têm o objetivo de estimular a vacinação.
Obviamente o nosso objetivo é proteger as pessoas que acreditam na ciência, se vacinaram e frequentam esses ambientes. Mas também fazer com que as pessoas se vacinem. Não é concebível que as pessoas que acham que vão se proteger sem o imunizante achem que terão vida normal. Não terão."
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro
Os decretos assinados por Paes preveem a comprovação da vacinação de duas formas:
- Certificado de vacinas digital, disponível na plataforma do Sistema Único de Saúde - Conecte SUS;
- Comprovante/caderneta/cartão de vacinação em papel timbrado, emitido no momento da vacinação pela Secretária Municipal de Saúde, institutos de pesquisa clinica ou outras instituições governamentais nacionais ou estrangeiras.
A comprovação seguirá o cronograma da Secretaria Municipal de Saúde do Rio em relação às idades. Portanto, aqueles que já deveriam ter tomado a segunda dose, deverão apresentar certificado com as duas doses ou poderão ser impedidos de entrar. Aqueles cuja data de aplicação da segunda dose ainda não chegou precisarão comprovar somente a primeira dose.
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