Ao ser preso, Roberto Jefferson disse à PF que mandou jogar celular no rio
Ao ser preso no último dia 13, o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, não entregou o celular aos policiais e disse ter pedido a um pedestre que jogasse o aparelho no rio Paraibuna.
A informação consta em um documento da Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal. Segundo o delegado Rafael da Rocha Morégula, que assina a peça, Jefferson justificou a medida dizendo que "em outras ações policiais seus celulares teriam sido apreendidos e nunca mais restituídos".
A equipe da PF pediu, então, a gravação das câmeras de segurança do portão da casa para comprovar a afirmação, mas o sistema estava desligado.
Morégula disse que, durante a operação, Jefferson não foi visto portando ou usando um celular pessoal, mas que poderia ter enviado mensagens ou áudios pelas redes sociais "por intermédio de terceiros".
Em um último tuíte antes de ser detido, Jefferson chamou o ministro Alexandre de Moraes, que determinou sua prisão, de "cachorro do STF". A decisão do magistrado também incluía o bloqueio do perfil do ex-deputado no Twitter, e pouco depois da publicação, a conta foi retirada do ar.
Segundo a PF, durante a busca na residência de Jefferson, não foram encontrados "quaisquer objetos de interesse" para a investigação.
Desde o dia 13, Jefferson está preso em Bangu 8, na zona oeste do Rio. Ele é suspeito de integrar uma milícia digital que atua contra a democracia. Mais cedo, a PGR ofereceu denúncia contra ele, por incitação ao crime e homofobia.
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