'Há espaço para Alckmin no partido', diz presidente do PSDB-SP
O presidente do PSDB-SP e secretário estadual de Desenvolvimento Regional do governo de São Paulo, Marco Vinholi, disse que há espaço para que o ex-governador Geraldo Alckmin siga na legenda. No mês passado, Alckmin afirmou publicamente que pretende deixar o ninho tucano.
"Eu espero que ele fique. Há espaço para o Geraldo no partido. Ele tem uma importância muito relevante para todos nós, dedicamos todo o respeito a ele. Sem dúvida, há espaço para ele no partido", disse Vinholi em entrevista ao Metrópoles.
Isolado no partido desde que o vice-governador Rodrigo Garcia deixou o DEM e se filiou ao PSDB para disputar o Palácio dos Bandeirantes no ano que vem, o ex-governador articula a formação de uma chapa com os principais adversários do governador João Doria.
Vinholi disse que o "processo democrático de prévias" para ser candidato ao governo paulista está aberto e que Alckmin, se desejar, pode participar.
Sem ocupar cargos públicos desde que recebeu menos de 5% dos votos nas eleições presidenciais de 2018, Alckmin já tinha revelado a amigos e aliados que pretendia sair do PSDB.
Ele recebeu recentemente uma ligação do presidente nacional do DEM, ACM Neto, pedindo que espere o resultado de uma possível fusão do partido com o PSL antes de decidir sua futura filiação. Alckmin trabalha para ser candidato novamente ao Palácio dos Bandeirantes no ano que vem e vinha negociando a entrada no PSD de Gilberto Kassab.
Padrinho político de Doria em 2016, quando o empresário foi eleito prefeito, Alckmin e o atual governador de São Paulo estão rompidos desde a campanha de 2018. Um dos fundadores do PSDB, o ex-governador se viu isolado no partido com a chegada de Garcia.
Em uma reunião realizada em julho, a executiva estadual tucana decidiu abrir inscrições para a disputa de prévias para escolher o candidato ao governo. A eleição paulista será no dia 21 de novembro, junto com as prévias nacionais nas quais Doria disputa como favorito.
Vinholi pediu a Alckmin, por meio de emissários, que indique um nome de sua confiança para compor a comissão das prévias no estado. Esse movimento é uma tentativa de esvaziar o discurso de Alckmin.
Aliados de Doria gostariam que o ex-governador disputasse uma vaga de deputado, para fortalecer a bancada do partido, ou que concorresse ao Senado.
* Com Estadão Conteúdo
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