Flávio Dino critica Bolsonaro, mas vê impeachment cada vez mais improvável
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), criticou o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e disse que os seus "desatinos" custam caro ao brasileiro. Porém, em entrevista ao UOL News, o governador disse que um processo de impeachment é cada vez mais improvável, embora necessário.
Na avaliação de Dino, existem três possibilidades para a saída de Bolsonaro do poder, sendo as eleições de 2022 a última delas. Antes disso, o governador acredita que a CPI da Covid pode fornecer elementos para que se inicie um processo de impeachment.
"Nós temos três opções sobre a mesa. Um impeachment que a cada dia que passa vai ficando mais improvável, até pelos fatores jurídicos formais, mas acaba sendo necessário. A CPI está produzindo provas robustas quanto a isto", disse.
"Temos também a hipótese da cassação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) porque há razões legais. E nós temos em última análise as eleições que devem ocorrer de modo livre com resultado sendo respeitado. Um dos três caminhos deve conduzir ao principal, que é o afastamento de Bolsonaro por esses múltiplos danos que tem causado aos cidadãos do país", completou.
De acordo com Flávio Dino, Bolsonaro perdeu uma oportunidade de criar uma imagem positiva do Brasil com o discurso na ONU. "Os desatinos de Bolsonaro custam caro", disse.
Em sua avaliação, "quem paga o preço pelo radicalismo de Bolsonaro é o povo brasileiro" e que o seu comportamento, mesmo que dirigido aos apoiadores, precisa ser levado a sério. "Não é piada o que é feito no cercadinho, aquilo é muito grave", afirmou.
Em seu discurso na ONU, Bolsonaro repetiu ataques a governadores e prefeitos pelas medidas de distanciamento social, insistiu na defesa de erros durante a pandemia e mentiu sobre a Amazônia.
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