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Políticos repercutem remoção de live do Bolsonaro: 'Profeta da ignorância'

Facebook exclui das redes sociais uma live do presidente Jair Bolsonaro (sem partido); na transmissão, ele fazia uma falsa associação entre a vacina contra covid e a Aids - Reprodução
Facebook exclui das redes sociais uma live do presidente Jair Bolsonaro (sem partido); na transmissão, ele fazia uma falsa associação entre a vacina contra covid e a Aids Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

25/10/2021 12h42Atualizada em 25/10/2021 12h42

Após o Facebook remover das redes sociais uma live do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em que ele fazia uma associação falsa entre a vacina contra covid-19 e a Aids, políticos repercutiram a notícia nas redes sociais.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, escreveu que a decisão da rede social prova que Bolsonaro é "um profeta da ignorância". Ele ainda criticou o presidente por "insistir em mentiras" sobre a vacina, mesmo após a morte de mais de 600 mil brasileiros pela doença. "Uma vergonha para o país".

Na última quinta-feira, Bolsonaro leu uma notícia falsa, que dizia que as pessoas no Reino Unido, que foram vacinadas com as duas doses da vacina, estavam adoecendo com Aids. "Recomendo que leiam a matéria. Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha live", acrescentou.

Em nota, o Facebook diz que as políticas da plataforma "não permitem alegações de que as vacinas de covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas".

A informação falsa já havia sido refutada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que reforçou a necessidade que portadores do vírus HIV se vacinem contra o coronavírus. Entidades como a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e a Unaids, programa das Nações Unidas de combate à Aids, condenaram a fala de Bolsonaro.

O deputado federal Rogério Correia (PT) escreveu: "Quanta vergonha para o Brasil ter um presidente da República que tem live excluída por difundir mentiras absurdas".

A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) defendeu que Bolsonaro "precisa ser responsabilizado por sua rede de mentiras e ódio".

Marcelo Freixo, deputado federal (PSB), afirmou que a associação falsa de Bolsonaro gera desconfiança e coloca a vida das pessoas em risco. "Não estamos falando de liberdade de expressão, mas de crime contra a saúde pública".

A deputada federal Erika Kokay (PT) afirmou que "as redes sociais não podem mais aceitar esse tipo de prática nefasta".

Ontem, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) encaminhou requerimento para que a CPI da Covid informe ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a fala, para que avalie "conduta potencialmente criminosa" do presidente. Moraes é o responsável pelo inquérito das fake news.