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Doria diz que irá à filiação de Moro e que ex-juiz ainda não é candidato

Doria disse que acredita na viabilidade do que vem sendo chamado de "terceira via" para as eleições presidenciais de 2022 - Mister Shadow/Estadão Conteúdo
Doria disse que acredita na viabilidade do que vem sendo chamado de 'terceira via' para as eleições presidenciais de 2022 Imagem: Mister Shadow/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

03/11/2021 19h42

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que participará do ato de filiação do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro ao Podemos. O evento acontecerá no próximo dia 10 e pode ser o primeiro passo de Moro rumo à candidatura à presidência da República.

Doria, porém, prefere ainda não tirar conclusões sobre a possível candidatura. "Isso não garante que Sergio Moro é um pré-candidato", afirmou o governador em entrevista à CNN Brasil na tarde de hoje.

Sergio Moro vai anunciar no próximo dia 10 a sua filiação ao Podemos. Eu inclusive estarei lá presente (...). Isso não garante, porém, que Sergio Moro é um pré-candidato à presidência da República. Ele não falou, aliás, isto.
João Doria, governador de São Paulo e pré-candidato à presidência da República

Ainda sobre as eleições de 2022, Doria disse que acredita na viabilidade do que vem sendo chamado de "terceira via". "Há uma parcela considerável e majoritária da população brasileira que não quer nem Lula, nem Bolsonaro", afirmou.

O governador, porém, ponderou que para que este candidato alternativo vença as eleições, é preciso ter uma união em torno do mesmo nome: "Dividimos, vamos entregar a eleição para Bolsonaro ou para Lula". Atualmente, pelo menos 10 nomes já se colocaram como pré-candidatos e disputam os eleitores que rejeitam os dois presidentes.

Doria é um deles, mas ele ainda precisa vencer as prévias do PSDB. Dentro do partido, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, também querem disputar as eleições presidenciais.

'Governo federal não fez a lição de casa para não furar teto'

O governador de São Paulo também comentou sobre a possibilidade de que o governo federal fure o teto de gastos para poder pagar o novo Bolsa Família, chamado de Auxílio Brasil. Para Doria, o governo só se vê nesse dilema porque "não fez a lição de casa". Para ele, a criação do novo programa social não justifica o furo no teto.

O governo federal não fez (reformas) e agora quer furar o teto de gastos sob justificativa de fazer um novo auxílio emergencial. Por que não fez a lição de casa? Por que não fez as reformas? Por que não fez a desestatização que havia prometido?
João Doria

A Câmara dos Deputados deve votar ainda hoje a PEC dos Precatórios, que abre espaço no orçamento para mais gastos do governo, como o pagamento do auxílio, em 2022.

São Paulo vai desobrigar uso de máscaras

Na entrevista à CNN Brasil, Doria ainda confirmou que as máscaras de proteção devem deixar de ser obrigatórias nos espaços abertos em São Paulo a partir e 1º de dezembro. Segundo o governador, a medida será adotada quando 75% da população estiver vacinada contra a covid-19 com as duas doses.

"Ao chegarmos ao patamar de 75% ou acima disso estaremos com a imunidade necessária para liberar o uso de máscaras ao ar livre. Isso acontecerá provavelmente entre 28 de novembro e 1º de dezembro", disse, afirmando que tudo será feito com cautela para que não seja necessário voltar atrás nas determinações.