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Debate de prévia tucana tem críticas a Bolsonaro de Leite, Doria e Virgílio

Eduardo Leite, João Doria e Arthur Virgílio Neto participaram de debate na CNN - Reprodução/YouTube CNN Brasil
Eduardo Leite, João Doria e Arthur Virgílio Neto participaram de debate na CNN Imagem: Reprodução/YouTube CNN Brasil

Do UOL, em São Paulo

17/11/2021 23h20

Os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, de São Paulo, João Doria, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, estiveram em um debate na noite de hoje, na CNN Brasil. Os três, que participam das prévias do PSDB para concorrer à Presidência da República nas eleições de 2022, criticaram o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O debate antecede as prévias do partido. A votação interna do PSDB que vai escolher quem concorre ao Planalto está marcada para o próximo domingo (21).

O encontro foi marcado por discursos de unidade e concordância entre os três em vários pontos. Os candidatos falaram sobre temas como preservação da Amazônia, defesa e proteção de mulheres, estratégias para redução da desigualdade, entre outros.

O ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, criticou bastante a política de Bolsonaro para a Amazônia. Segundo ele, o atual governo é "a favor, claramente, do desmatamento" e o presidente "gosta do garimpo", o qual Virgílio descreveu como "atividades criminosas" que precisam acabar.

"E não se acaba com isso sem destronar o governo que aí está. Um governo que mente o tempo inteiro. Mente sobre economia, mente sobre saúde, mente sobre educação, e que mente sobre Amazônia. O presidente teve o desplante de dizer que lá não tem queimada porque a floresta é úmida", disse.

Outra defesa de Virgílio foi o fim da "bolsonarização" do PSDB. Para ele, parlamentares que estão na legenda e continuam apoiando o presidente Bolsonaro devem "procurar outros partidos".

Já Eduardo Leite disse que o aumento do acesso às armas, como fez e defende o presidente Jair Bolsonaro, "não é uma estratégia que gere melhoria da segurança pública". Segundo ele, o compromisso com a segurança pública deve partir da presença de um estado forte, capaz de enfrentar a criminalidade.

"Seguramente não se trata de termos uma política armamentista que nas mãos dos cidadãos acaba significando mais espaço para mais violência", disse.

João Doria, por sua vez, falou sobre a liberdade de imprensa. Segundo ele, esse é uma bandeira do PSDB, mas não está entre as defesas do PT ou do presidente Jair Bolsonaro.

"Bolsonaro fez recentemente agressões a jornalistas na sua recente visita à Itália e o PT ensaia novamente um programa de mordaça da imprensa. Eles só aceitam a imprensa que os agrada e os satisfaz", afirmou.

Prévias do PSDB

O partido estabeleceu regras diferentes para a votação de domingo. Os filiados foram divididos em quatro grupos distintos o que acaba dando mais força a certos representantes.

  • Governadores, vices, ex-presidentes, presidente, senadores e deputados federais: 25%
  • Prefeitos e vices: 25%
  • Vereadores (12,5%) e deputados estaduais (12,5%): 25%
  • Filiados: 25%

A votação deverá ser feita por aplicativo em todo o país e presencialmente em Brasília para os políticos com mandato, em uma grande convenção tucana. Entre os mandatários, todos os quase 50 medalhões (governadores, vices, senadores, deputados federais e ex-presidentes) se inscreveram, assim como todos os deputados estaduais.