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PL reafirma apoio a Bolsonaro e diz que decisão de filiação só depende dele

Imagem mostra senador Jorginho Mello durante reunião do PL; partido deu carta branca para Valdemar negociar situações locais com Bolsonaro - Eduardo Militão/UOL
Imagem mostra senador Jorginho Mello durante reunião do PL; partido deu carta branca para Valdemar negociar situações locais com Bolsonaro Imagem: Eduardo Militão/UOL

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

17/11/2021 18h02

O PL decidiu reafirmar seu apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022. A filiação do presidente da República à legenda, que deveria acontecer dia 22, segue sem data definida, mas só depende dele, afirmou o senador Wellington Fagundes (MT). As declarações foram dadas por ele, a pedido do presidente da sigla, o ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), para jornalistas que aguardavam o término de uma reunião do PL em um dos edifícios do Complexo Brasil XXI, na área central de Brasília, nesta quarta-feira (17).

O objetivo é definir o apoio à reeleição do presidente —que já esteve, nos últimos anos, em partidos como PSL, PSC e PP. Os senadores Wellington Fagundes e Jorginho Mello (SC) disseram aos repórteres que todos os dirigentes da sigla deram "carta branca" a Valdemar Costa Neto para negociar problemas locais com o presidente Jair Bolsonaro.

Em nota à imprensa, o partido informou que a decisão de receber Jair Bolsonaro na sigla foi unânime e que caberá a Valdemar Costa Neto decidir sobre a sucessão presidencial.

A situação nesses estados segue indefinida. Mas alguns arranjos foram iniciados. Em São Paulo, Wellington Fagundes disse aos repórteres que é cada vez mais difícil o PL apoiar a candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (DEM) ao Palácio dos Bandeirantes, que é aliado do atual governador João Doria (PSDB). O motivo é que o tucano deve concorrer à Presidência contra Bolsonaro em 2022. O próprio Valdemar Costa Neto teria dito que não seria desejável apoiar Garcia por causa da divergência.

Fagundes mencionou a possibilidade de o partido lançar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, na corrida para suceder João Doria no governo de São Paulo.

No Piauí, o PL estuda apoiar a reeleição do governador Wellington Dias (PT), que apoia Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal opositor de Bolsonaro na corrida ao Palácio do Planalto. No entanto, Fagundes e Jorginho Mello divergiram nesse ponto. Mello, um dos principais aliados do atual presidente, disse que o partido não vai aceitar nenhuma aliança com a esquerda nos estados.

Já Fagundes afirmou que é difícil existir coligações com candidatos de esquerda, mas que isso não é impossível. "Cada caso será analisado."

Filiação deve sair este ano, diz Mello

Jorginho Mello disse que a filiação de Jair Bolsonaro ao PL vai acontecer, mas "talvez" ainda este ano. Fagundes afirmou que isso só depende do presidente da República.

A filiação estava marcada para 22 de novembro. Jorginho Mello afirmou que ela poderia acontecer em 22 de dezembro. A data é importante porque remete ao número do PL nas urnas e ao ano eleitoral de 2022.