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Senador: PL dá carta branca a presidente da sigla para fechar com Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto; presidente da República adiou filiação ao PL por articulação política em São Paulo - Adriano Machado/Reuters e Pedro Ladeira/Folhapress
Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto; presidente da República adiou filiação ao PL por articulação política em São Paulo Imagem: Adriano Machado/Reuters e Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

17/11/2021 17h37

O senador Jorginho Mello (PL-SC) declarou hoje que o PL concordou em dar "carta branca" a Valdemar da Costa Neto, dirigente nacional do partido, para que ele acerte os termos da filiação do presidente Jair Bolsonaro.

"O partido está dando ao presidente Valdemar carta branca para acertar com o presidente Bolsonaro todas as arestas e possibilidades que tenha em qualquer canto do Brasil", disse ele ao sair de uma reunião da legenda. "O partido, unanimemente, entrega uma procuração ao presidente Valdemar para que ele trate com o presidente Bolsonaro, e todo mundo vai receber o presidente de braços abertos."

Nesta semana, Bolsonaro confirmou que a entrada no partido foi adiada por articulações políticas em São Paulo para as eleições de 2022.

"Alguns estados para mim, numa possível eleição, se eu for candidato, são vitais, como São Paulo. Ele [Valdemar Costa Neto, líder do PL] tem um compromisso em São Paulo que é com um candidato que vai apoiar o atual governador, se ele tiver espaço lá no partido dele", disse ele. "Eu preciso, se vier a ser candidato, é ter candidato em quase todos os estados, em especial São Paulo".

Havia conversas para que o PL apoiasse o atual vice do governador João Doria, Rodrigo Garcia (PSDB). Bolsonaro não aceita o apoio do PL a aliados de Doria e cogita lançar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, como eventual concorrente de Garcia.

A filiação do presidente da República ao partido estava marcada para o dia 22, mas foi cancelada "após intensa troca de mensagens", disse Costa Neto em nota aos correligionários. Antes, Bolsonaro havia dito que ainda tinha "muita coisa a conversar" com o dirigente.